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O que foi o Dia D?

Em 6 de junho de 1944, há exatos 80 anos, acontecia o Dia D, invasão que ajudou a mudar o rumo da Segunda Guerra Mundial

Tropas norte-americanas se aproximando das praias da Normandia - Domínio Público
Tropas norte-americanas se aproximando das praias da Normandia - Domínio Público

Há exatos 80 anos, acontecia o dia mais crucial para o início do fim da Segunda Guerra Mundial: a Invasão da Normandia, mais conhecido como o Dia D, ou “Operação Overload”, a maior operação militar anfíbia da história.

Em 6 de junho de 1944, as tropas aliadas dos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido invadiram o litoral norte da França, surpreendendo os nazistas que ocupavam o país, com uma frota composta por 160 mil tropas, sendo 73 mil apenas dos EUA e 83 mil do Canadá e Reino Unido, além de inúmeros aviões, navios e veículos terrestres.

Conforme repercutido pelo G1, os Aliados também contaram com a ajuda de outros países, incluindo a França, que estava dominada pelos nazistas. Ao total, as tropas tiveram que enfrentar cerca de 50 mil soldados das forças alemãs.

O principal intuito da invasão era dar um fim à Segunda Guerra Mundial, e começou a ser planejado com um ano de antecedência. Ao total, o exército de Adolf Hitler resistiu na Normandia por cerca de dois meses. Apenas no dia 6 de junho, 4.414 soldados aliados foram mortos, e outros 5 mil feridos. Já durante toda a operação, 73 mil aliados perderam a vida, e 153 ficaram machucados. Além disso, números apontam que, com os bombardeios, 20 mil civis também faleceram.

Enquanto isso, do lado inimigo, não existe um número exato de quantas vidas foram perdidas. O G1 aponta que os historiadores estimam cerca de quatro a nove mil mortos, feridos e desaparecidos apenas com a invasão. A vitória dos Aliados marcou o início da liberação da França do domínio nazista, além de colocar pressão nas defesas alemãs e antecipar a derrota do Nazismo.

No entanto, é importante destacar que o Dia D não foi a única operação responsável por ajudar na derrota alemã. Em entrevista ao portal Aventuras na História, o Doutor em História pela Universidade Federal de Santa Catarina e autor de 'O Dia D: Como a História se Tornou um Mito' (Ed. Contexto), Icles Rodrigues, apontou que outros conflitos também foram de extrema importância.

"No caso da Europa, as Batalhas de Moscou, Stalingrado e Kursk foram consideravelmente mais relevantes que o Dia D, porque consolidaram a derrota das três grandes ofensivas alemãs contra a União Soviética”, diz o historiador.  "A derrota da União Soviética teria sido um desastre para os Aliados, uma vez que tinha uma infinidade de recursos que os alemães precisavam e mão de obra escrava em potencial para o esforço de guerra alemão ser mais poderoso e resistente. Para se ter uma ideia, 80% de todos os alemães mortos, feridos e tornados inválidos nessa guerra foram em combate contra os soviéticos".

O fim oficial da guerra, contudo, só aconteceu um ano depois, em 8 maio de 1945, segundo a Enciclopédia do Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos (via National Geographic Brasil), quando Alfred Jodl, chefe do comando de operações da Wehrmacht, as forças de defesa alemãs, assinou uma ata de rendição. Adolf Hitler, o líder do partido nazista, não viu sua própria derrota e a rendição de seu exército, já que tirou sua própria vida dias antes, em 30 de abril.