Na última quinta-feira, 9, o RBD realizou seu primeiro show no Brasil para a turnê 'Soy Rebelde Tour'
Redação Publicado em 10/11/2023, às 12h15 - Atualizado em 14/11/2023, às 19h10
Na última quinta-feira, 9, o RBD realizou seu primeiro show para a maratona de shows da “Soy Rebelde Tour” no Brasil, se apresentando para um estádio lotado de fãs nostálgicos no Rio de Janeiro. A performance marcou o retorno do grupo em terras brasileiras após 15 anos desde o anúncio do fim da banda em 2008.
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A recente turnê, no entanto, que já passou pelos Estados Unidos, e tem todos os shows no Rio de Janeiro e em São Paulo esgotados, conta com a participação de apenas cinco dos seis integrantes originais: Anahí, Maite Perroni, Dulce María, Christoper von Uckermann e Christian Chávez. Alfonso Herrera, também conhecido como Poncho, foi o único que decidiu não participar da tour de reencontro.
Em uma entrevista concedida ao jornal El País em março deste ano, enquanto divulgava seu mais recente filme, “¡Que Viva México!”, Poncho foi questionado sobre a questão, onde afirmou que estaria feliz com todos os seus projetos atuais, e que está dedicando toda sua energia a eles.
“Estou muito feliz com os projetos que tenho no momento, que é onde estou depositando minha energia. Sei que esse projeto [os novos shows do RBD] será um sucesso estrondoso e só tenho votos de felicidades para eles”, comentou o intérprete de Miguel. “Uma revista noticiou que eu tinha pedido uma quantia exorbitante para participar do reencontro e o que eu digo é que é melhor pagarem a meus companheiros por toda a porcaria em que se meteram durante tantos anos. Não tem nada a ver com dinheiro, tem a ver com o que é justo”.
Segundo Poncho, na época em que a banda estava em ativa, existiam alguns problemas sérios presentes nos contratos com a Televisa, emissora responsável pela telenovela que formou o grupo, principalmente relacionados ao retorno financeiro aos membros.
“Nós assinamos um contrato em que cedemos os direitos dos personagens, de suas imagens e, de tudo que foi explorado em termos de merchandising, não vimos um único centavo. Eu tinha 23 ou 24 anos e via a cara dos meus colegas e a minha cara em todos os lugares — vendendo biscoitos, chicletes, sucos, cadernos, tênis, lápis e nada. A emissora não foi justa e não é uma questão de dinheiro. Volto a dizer, isso tem a ver com uma questão de trabalho! Por exemplo, no show que fizemos no Coliseu de Los Angeles, para 63 mil pessoas, eles pagaram 18 mil pesos por isso [aproximadamente 5.100 reais]”.
Apesar de ter escolhido não retornar, Alfonso afirma na conversa que ainda mantém uma bela relação com todos os integrantes, e que continua os amando e respeitando.
“Compartilhamos coisas que ninguém sabe e nós seis estivemos lá em momentos alegres e em tempos difíceis, como no Brasil [relembrando a tragédia de 2007]”.
Vale lembrar que, durante uma entrevista ao canal de YouTube “En La Luna Con Jesús Guzmán”, Alfonso chegou a assumir a culpa pelo fim do grupo. Segundo o ator, na época, ele tinha o desejo de focar mais em sua carreira na atuação, além de todos os integrantes terem um acordo: a banda só continuaria se os seis permanecessem juntos.
“O contrato acabava em 2008 e nós tínhamos que decidir se seguiríamos ou não. Eu queria continuar com outras coisas, queria atuar, que é do que eu gosto. Quando expus meu ponto diante dos executivos da Televisa, do Pedro Damián e dos meus colegas de grupo, foi tipo: cri cri cri. O projeto não é mexicano: era comprado da Argentina. Se fosse continuar, teriam que comprar os direitos novamente. E eu decidi que: ‘não, obrigado’”, confessou Poncho.
Herrera ainda completou sua fala afirmando que, assim como ele, outros dois integrantes também já se encontravam em uma nova fase em suas vidas. Ele disse: “Nós tínhamos esse acordo: se um saísse, o grupo acaba, e isso foi respeitado, felizmente. Christopher também queria fazer outro tipo de coisas, e Maite já estava fazendo novela enquanto estávamos em turnê. Então cada um estava começando a fazer suas coisas”.
