Em que momentos escrevemos senão e se não? Esclareça essas e outras dúvidas sobre palavras que se parecem
Lucas Vasconcellos Publicado em 08/01/2020, às 12h30
Muitas palavras e expressões da língua portuguesa são bem parecidas, mas não têm o mesmo significado e, por isso, devem ser usadas em situações diferentes. Confira algumas delas:
Mal ou mau?
Mal: é o contrário de bem.
Exemplo: Ana tirou nota baixa na prova e ficou mal.
Mau: contrário de bom.
Exemplo: O Voldemort é muito mau.
Senão ou se não?
Senão: escrito junto, dá a ideia de oposição. Pode ser substituído, por caso contrário.
Exemplo: Preciso ser rápido, senão a prova será retirada pelo professor!
Se não: na versão separada passa a ideia de alternativa. Serve de substituição para caso não.
Exemplo: Se não estivesse frio, tomaria sorvete.
Com ou sem H?
A: quando usado para expressar tempo, indica futuro ou distância.
Exemplo: Daqui a um mês vou visitar minha avó.
Há: indica que a ação já aconteceu.
Exemplo: Meus pais estão casados há 10 anos.
Afinidade ou finalidade?
Afim: é um adjetivo que dá a ideia de afinidade e concordância.
Exemplo: Eu e meu melhor amigo temos ideias afins.
A fim: a grafia separada forma uma locução e indica uma finalidade.
Exemplo: Conversei com meu amigo, a fim de resolver nossa briga.
Demais ou de mais?
De mais: indica quantidade, opondo-se a de menos.
Exemplo: Algumas pessoas têm dinheiro de mais; outras de menos.
Demais: é usado para situações de exagero ou excesso.
Exemplo: Eu gosto demais dos livros de Harry Potter.
Tão pouco ou tampouco?
Tão pouco: traduz a ideia de quantidade, indicando que algo é muito pouco.
Exemplo: Para tanto amor, tão pouco coração.
Tampouco: palavra usada para indicar reforço e significa muito menos.
Exemplo: Joãozinho não foi à aula e tampouco justificou a falta.
Trás e traz?
Traz: é a conjugação do verbo trazer e dá a ideia de transportar algo.
Exemplo: Ele traz todos os amigos para casa diariamente.
Trás: escrito com acento e a letra S, significa a parte posterior (de trás).
Exemplo: Olhei para trás e vi um Pokémon!
Consultoria: Umile Calasso (professor e diretor do Colégio Internacional Ítalo Brasileiro).
