Recreio
Busca
Facebook RecreioTwitter RecreioInstagram Recreio
Escola / Seleção

Por que algumas seleções usam uniformes com cores diferentes da bandeira?

Descubra o motivo pelo qual, diferente do Brasil, algumas seleções jogam com camisas de tonalidades que não existem em suas bandeiras

Izabela Queiroz Publicado em 06/12/2022, às 15h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Seleção do Japão na Copa do Mundo da FIFA 2022 - Julian Finney/Getty Images
Seleção do Japão na Copa do Mundo da FIFA 2022 - Julian Finney/Getty Images

Mais do que ajudar a identificar os jogadores de um determinado país, os uniformes das seleções de futebol servem como símbolo para as suas nações e carregam a mensagem de orgulho nacional para dentro do gramado.

Por esse motivo, diversos países utilizam em seus calções, camisas e meiões as cores correspondentes as suas respectivas bandeiras — como é o caso do Brasil, que leva o verde, azul, amarelo e branco para campo em todas as competições internacionais desde a década de 50.

No entanto, diferente das terras tupiniquins, territórios como a Holanda, Itália, Japão e Austrália, não seguem a mesma lógica, usando camisas em tonalidades totalmente diferentes das vistas em suas bandeiras.

É tudo culpa da monarquia

Denzel Dumfries da Holanda durante a Copa do Mundo da FIFA Qatar 2022
Denzel Dumfries da Holanda durante a Copa do Mundo da FIFA Qatar 2022. Crédito: Getty Images

Um dos motivos para a troca das cores é a influência da monarquia nesses países, como acontece com a Holanda que, apesar de contar com o azul, branco e vermelho em sua bandeira, joga de laranja para representar a família real dos Países Baixos, os Orange-Nassau.

O tom foi escolhido já que Orange significa Laranja, em português. Além disso, a cor e o significado da sua escolha explicam também a razão pela qual a seleção holandesa é conhecida como "Laranja Mecânica".

Federico Dimarco da Itália em ação durante o amistoso internacional entre a Albânia e a Itália em 16 de novembro de 2022 em Tirana, Albânia.
Federico Dimarco da Itália durante o amistoso internacional entre a Albânia e a Itália em 16 de novembro de 2022 em Tirana, Albânia. Crédito: Getty Images

A mesma motivação se aplica a Itália, que, apesar de ter surgido em seus primeiros jogos internacionais com uma camisa branca, (cor que está presente em sua bandeira até hoje), em 1911 a cor foi substituída pelo azul, visto que a tonalidade pertencia à bandeira da casa real de Sabóia, família responsável pela unificação do território italiano no século 19.

Vale lembrar ainda que não foram só o branco e o azul que fizeram parte da história dos uniformes da seleção italiana, visto que um modelo preto passou a ser usado entre 1937 e 1945, já que tonalidade representava o governo fascista do primeiro-ministro Benito Mussolini.

A cultura também tem responsabilidade

Jogo amistoso internacional entre Nova Zelandia e Austrália no Eden Park em 25 de setembro de 2022 em Auckland, Nova Zelândia.
Jogo amistoso internacional entre Nova Zelandia e Austrália no Eden Park em 25 de setembro de 2022 em Auckland, Nova Zelândia. Crédito: Getty Images

Ainda assim, não são apenas motivações politicas que regem a escolha do uniforme — e a prova disso é a Austrália, que tem o azul, vermelho e branco em sua bandeira, mas joga de verde e amarelo, em homenagem à cultura de seu próprio território.

Isso porque a paleta da seleção australiana foi definida em 1984, utilizando os mesmos tons da acácia, árvore que possui flores amareladas, e se tornou símbolo do país que pertence à Oceania.

A superstição está em jogo

Seleção japonesa
Uniforme da seleção japonesa. Crédito: Getty Images

Diferente dos acima, não há homenagens na cor escolhida para o uniforme do Japão, já que ela foi definida por pura superstição.

A razão disso se dá, pois, a seleção japonesa venceu a Suíça nos Jogos Olímpicos de 1936 utilizando um uniforme improvisado que tinha a cor a azul. Após a vitória, a tonalidade passou a ser usada em todas as competições internacionais do país.