Responsável por interpretar uma das protagonistas de 'A Escola do Bem e do Mal', Sophia Anne Caruso sobre a importância do filme e sobre sua carreira
Sofia Luppi Publicado em 20/10/2022, às 14h23
Chegou no catálogo da Netflix o filme “A Escola do Bem e do Mal”, que conta com a produção de Paul Feig, e é baseado na série best-seller mundial escrita por Soman Chainani. O longa conta a história das amigas Sophie (Sophia Anne Caruso) e Agatha (Sofia Wylie), que precisam enfrentar novos desafios na Escola do Bem e do Mal. Confira o trailer!
Conhecida no cenário musical por seu trabalho como Lydia Deetz em “Beetlejuice”, Sophia Anne Caruso é responsável por dar vida a Sophie, uma das protagonistas do longa. Em uma exclusiva disponibilizada para a Recreio, a atriz falou sobre sua personagem, sobre a produção e também sobre sua carreira.
Sophia já conhecia Chainani desde 2017. Na época, ela chegou a posar para uma arte promocional de um dos livros do autor, sendo uma menina Sempre, que é como são chamados os alunos da Escola do Bem. Ela queria muito interpretar a Sophie e o escritor achava que ela seria perfeita para o papel, mas por conta da idade, a ideia só se tornou possível quatro anos mais tarde.
A atriz já deixou claro que, apesar de todo o luxo da Escola do Bem, ela com certeza seria uma Nunca, uma aluna da Escola do Mal. A estrela também comentou sobre as coisas que têm em comum com sua personagem:
Eu acho que todo mundo tem um quê de Sophie, porque ela tem um pé no bem e outro no mal. É claro que esse lado mal é mais forte nela, mas dá para perceber que ela também tem um lado gentil e sensível. Eu também sou assim, e acho que muita gente consegue se identificar com isso: a Sophie é uma personagem que mostra que todo mundo tem um pouco de bem e um pouco de mal, e que não tem problema nenhum ser assim. “
Caruso ainda comentou mais sobre a forte personalidade de Sophie, e sobre como se preparar para interpretar o momento em que a personagem mostra seu lado mais maléfico:
O que eu tentei fazer foi encontrar os momentos de humanidade da Sophie, até mesmo quando ela está fazendo coisas erradas, porque era importante para mim mostrar que ela ainda é uma pessoa de carne e osso. E isso valia até para as cenas em que eu estava cheia de próteses. [...] Eu já tinha até preparado minha voz de bruxa e minha gargalhada maléfica, mas quando me vi no espelho achei que ficaria mais legal se eu usasse a minha própria voz e não tentasse emperiquitar ainda mais. Dessa forma, daria para ver que a Sophie ainda era a Sophie debaixo de tudo aquilo.”
Ao falar mais sobre o filme, Sophia comentou sobre a importância de dar voz a uma história com protagonistas mulheres e também sobre o poder de uma amizade:
Era super importante para mim poder contar uma história como essa, que se desenrola a partir de uma amizade tão incrível entre duas meninas, até porque às vezes eu tenho certa dificuldade de encontrar novas amigas. Por isso mesmo, eu queria fazer parte de um projeto que mostrasse para todas as gerações o que é ter uma amizade tão sólida e tão forte entre mulheres. Eu também tenho sobrinhas bem pequenas, e uma delas está numa fase de princesa. Eu me lembro de que quando li o roteiro fiquei pensando: ‘Seria incrível se eu pudesse mostrar para ela que dá para ter uma história toda ‘aprincesada’ sem abrir mão de elementos que ajudem ela a se empoderar’”.
Sophie é um papel incomum entre os trabalhos de Sophia. A atriz explicou que Paul Feig tinha acabado de assistir ao musical “Beetlejuice” e mandou o roteiro de “A Escola do Bem e do Mal” para ela. No começo, ela mandou o teste para tentar interpretar a Agatha, pois sua personagem no show da Broadway tinha várias semelhanças com a personagem do filme, mas as coisas mudaram:
O processo foi indo, até que em um determinado momento eles me disseram que queriam seguir numa certa direção e que eu não era a escolha certa para a Agatha. E eu lembro que fiquei meio ‘Ah, beleza. Tudo bem. Então tá certo. Boa sorte com o projeto! Tenho certeza de que vai ser um filme incrível!’ Mas aí eles falaram, ‘É que a gente gostaria que você fizesse um teste de elenco para interpretar a Sophie’. E isso foi um alívio, até porque eu me identificava muito mais com a Sophie. E depois que eu fiz o teste com a Sofia Wylie, não dava para negar que a gente estava nos papéis certos.”
Para finalizar a conversa, Sophia comentou quais dos looks de Sophie ela gostaria de levar para casa. Entre as milhares de peças que ela usa ao longo do filme, ela comentou sua escolha:
Acho que seria o vestido preto que eu uso quando estou conversando com Rafal no espelho. Ele é super simples, só um espartilho preto e uma saia preta, mas é tão chique. Mas, se fosse só um item de figurino, acho que seria o corpete vintage que tem umas ombreiras bem delicadas que eu uso em uma cena. Ele ficou ótimo com aquela peruca e com o batom.”
