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Viva a História / Elizabeth II

Como foi a primeira e única viagem da rainha Elizabeth II ao Brasil

Saiba mais sobre como foi a viagem de Elizabeth II em território brasileiro

Sofia Luppi Publicado em 08/09/2022, às 17h52

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Rainha Elizabeth II em Brasília - Divulgação/Arquivo Histórico do Itamaraty
Rainha Elizabeth II em Brasília - Divulgação/Arquivo Histórico do Itamaraty

A rainha Elizabeth II faleceu nesta quinta-feira, 8, no Palácio de Balmoral na Escócia e a causa da morte ainda não foi revelada. Durante os seus 96 anos de vida, a monarca teve alguns momentos marcantes e um deles foi quando veio para o Brasil. 

Ela e seu marido, o príncipe Philip, desembarcaram em solo brasileiro em 1º de novembro de 1968, no Aeroporto de Guararapes, no Recife. O casal, que chegou durante a Ditadura Militar no país, foi recebido pelo então presidente, general Costa e Silva. Essa foi a primeira e única visita da regente ao Brasil e foi também a primeira vez em que um monarca britânico veio para a América do Sul. 

Nessa primeira parada, o casal passou boa parte do dia em uma recepção oferecida pelo governador da cidade, Nilo Coelho, e que foi realizada no Palácio do Campo das Princesas. O Arcebispo de Olinda Dom Hélder Câmara, o autor Gilberto Freyre e o político Marco Maciel estavam presentes no evento e encontraram com os monarcas antes deles partirem para Salvador em um iate. 

 Rainha Elizabeth II no Palácio da Aclamação
 Rainha Elizabeth II no Palácio da Aclamação - Créditos: Reprodução/Arquivo Público do Estado da Bahia

Já na capital baiana, a rainha e o príncipe assistiram a uma apresentação do cantor Ápio Patrocínio da Conceição, com um samba de roda que homenageou o casal real. Eles também participaram de uma outra recepção em que o governador Luís Viana Filho organizou e que contou com a presença do artista plástico Carybé e do autor Jorge Amado

Os britânicos foram de barco até o Rio de Janeiro, onde pegaram um avião no Aeroporto do Galeão e partiram para Brasília. Quando desembarcaram na capital brasileira, a viagem tornou-se um compromisso com caráter de Estado. A rainha participou de uma sessão solene no Supremo Tribunal Federal, e recebeu homenagens de Costa e Silva no Palácio do Itamaraty com um banquete e chegou a conversar com deputados e senadores. 

No dia seguinte, a soberana do Reino Unido deixou Brasília e foi direto para São Paulo. Lá, visitaram o Edifício Itália e o Monumento do Ipiranga e receberam do governador Abreu Sodré um banquete no Palácio dos Bandeirantes, que contou com a apresentação de artistas como Jair Rodrigues, Elza Soares e Wilson Simonal. No dia 7 de novembro, a rainha esteve presente na inauguração do Museu de Arte de São Paulo (MASP), na Avenida Paulista. 

O casal real teve Campinas como sua penúltima parada na viagem pelo Brasil. Eles conheceram o Instituto Agronômico, foram introduzidos as pesquisas e fizeram um passeio a cavalo. Depois foram até o Aeroporto de Viracopos a caminho do Rio de Janeiro, o último do percurso. 

Elizabeth e Phillip ofereceram um jantar para 50 convidados a bordo do iate Britannia, em sua primeira noite na cidade carioca. No dia seguinte, a rainha foi conhecer alguns dos principais pontos turísticos do Rio, enquanto o seu marido visitou o Estaleiro Mauá. À tarde eles se reencontraram e a regente da Grã-Bretanha marcou, simbolicamente, o início da construção da ponte Rio-Niterói. 

Em seu penúltimo dia em terras brasileiras, a realeza britânica participou de uma homenagem no Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial  e em seguida, eles almoçaram no Britannia. Por volta das 17h, se encaminharam para o Estádio do Maracanã para assistir a um jogo de futebol do Santos contra o Botafogo e no final da partida, a soberana entregou a taça à Pelé

Rainha Elizabeth II entregando a taça ao Pelé
Rainha Elizabeth II entregando a taça ao Pelé / Créditos: Divulgação/Arquivo Nacional

Depois de 11 dias viajando pelo Brasil, no dia 11 de novembro de 1968 a rainha Elizabeth II e o príncipe consorte Philip embarcaram em um avião da Real Força Aérea e foram para o Chile. A monarca nunca mais voltou ao país, mas chegou a mandar outros membros da família real para visitas oficiais em seu nome.