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Ciência / Transporte

Zepelim: Conheça os segredos por trás desse transporte revolucionário

Essa impressionante aeronave foi responsável por mudar a história no século 20. Confira como ele funcionava!

Letícia Yazbek Publicado em 29/01/2021, às 13h35 - Atualizado às 15h36

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Imagem ilustrativa de um zepelim - Pixabay
Imagem ilustrativa de um zepelim - Pixabay

Um dirigível é uma aeronave com formato alongado, destinada ao transporte de passageiros. Para subir e ficar suspenso no céu, ele precisa de gás hélio – por ser mais leve do que o ar que respiramos, o gás hélio tende a subir e puxar a aeronave para cima. Quanto mais pesado é o dirigível, mais gás é necessário. Alguns modelos têm 6 milhões de litros de hélio, o equivalente a 200 mil botijões de gás do tipo que se usa na cozinha.

A invenção

Em 1782, os irmãos franceses Montgolfier montaram o primeiro balão destinado ao voo, formado por uma grande camada de seda com abertura na parte inferior. No mesmo ano, o francês Jacques Charles usou hidrogênio para encher um balão que voou por cerca de 25 quilômetros. No início do século 20, surgiram modelos para transportar passageiros entre a América do Norte e a Europa, feitos pelo alemão Ferdinand von Zeppelin. Foi um sucesso e o termo zepelim se tornou comum para se referir a todos os dirigíveis.

Das antigas

Existem três tipos de dirigível: rígido (tem estrutura de metal firme), semirrígido (a lona que forma o balão se apoia em uma estrutura de metal) e não rígido (não tem estrutura – o formato é mantido apenas pela pressão interna). Nos modelos rígido e semirrígido de décadas atrás, os passageiros ficavam no balão principal. Dentro da aeronave havia cabines para 30 a 70 passageiros. Também existia restaurante, sala de jantar, sala para escrita e leitura, e até área de passeio, com grandes janelas que poderiam ser abertas durante o voo.

Corpo de metal

O modelo de dirigível mais usado hoje é o semirrígido. Dentro da aeronave existem pequenos balões de oxigênio, que, na decolagem, ficam meio cheios. Conforme o veículo vai subindo, o piloto libera a entrada de mais ar nos balões, o dirigível ganha peso e para de subir. Na hora de se deslocar para frente, entram em ação hélices motorizadas. Para virar à esquerda ou à direita, o piloto usa o leme, que fica na cauda.

Sala de controle

Todo dirigível tem uma gôndola, tipo de cabine onde ficam o piloto e as cargas. Ela está abaixo do balão, presa à estrutura do veículo. Se o modelo é não rígido, os passageiros também ficam na gôndola. Se for semirrígido ou rígido, os passageiros permanecem dentro do balão. Na gôndola, costumam ficar assentos, painel de controle da aeronave, além de equipamentos de filmagem, como câmeras de TV.

Funções diferentes

Atualmente, os dirigíveis são pouco usados para o transporte de cargas e passageiros. Afinal, trata-se de um veículo lento – voa a cerca de 100 quilômetros por hora, contra os mais de 900 quilômetros atingidos por um avião Boeing 737. Além disso, são vulneráveis a condições climáticas ruins. Por serem econômicos (usam pouco combustível), atuam mais em atividades como vigilância aérea, monitoramento ambiental, publicidade e captação de imagens para a TV.

Visita ao Brasil

O dirigível alemão LZ 127 Graf Zeppelin, construído entre 1926 e 1928, fez 590 voos! Em 1930, veio para o Brasil: saiu de Friedrichshafen (Alemanha) e pousou em Recife (Pernambuco), cinco dias depois. Ele tinha 236,6 metros de comprimento, 30 metros de altura e voava a até 128 quilômetros por hora, atingindo cerca de mil metros de altura.

Os dirigíveis de Santos Dumont

Esse brasileiro fez diversos modelos ao longo da vida! O primeiro foi o N-1: com 25 metros de comprimento, foi inflado em Paris (França), em 18 de setembro de 1898. Já o N-13, um dos últimos desenvolvidos por Santos Dumont, era um luxuoso balão de ar quente e hidrogênio, projetado para ficar mais tempo no ar.