Peças obrigatórias no guarda-roupa dos médicos, roupa ou avental brancos são comuns hoje em dia. Mas nem sempre foi assim!
Caio Sini Publicado em 03/01/2022, às 15h13
Origem nos deuses
Pesquisadores acreditam que, na Grécia antiga, entre os séculos 6 e 5 antes de Cristo, sacerdotes do templo de Asclépio (deus da medicina) usavam branco para indicar pureza espiritual. A cor permanece até hoje. Porém, ao longo da história, até preto os médicos vestiram.
Branco?
Durante muito tempo, os médicos não tiveram uma roupa específica. Até que, no século 14, a Europa viveu a epidemia da peste negra (doença transmitida por pulgas de ratos e muito contagiosa). Foi aí que eles adotaram capa preta, chapéu e luvas para evitar contato com os doentes. Também vestiam máscara com um bico longo, onde colocavam perfume e pétalas de flores, na tentativa de filtrar um possível contágio.
De olho na limpeza
No início do século 19, o médico húngaro Ignaz Sammelweis provou que muitas doenças vinham da falta de higiene dos hospitais. Foi aí que o jaleco branco e limpo virou norma, evitando que a sujeira passasse despercebida na roupa do médico.
Mais casual
A partir do século 20, é possível ver profissionais usando roupas mais comuns no ambiente de trabalho, como camisas e calças de algodão brancas, deixando o jaleco de lado – mas sempre mantendo tudo higienizado.
Outras cores
Já reparou que, nas salas de cirurgia, as roupas são azuis ou verdes? Essas cores se opõem ao vermelho do sangue e ajudam os médicos na visualização do que está acontecendo durante a cirurgia.
Você sabia?
A Associação Médica Americana tem recomendado que os médicos sejam proibidos de circularem de jaleco nas ruas. A ideia é evitar que sujeira e microrganismos venham de fora para dentro dos hospitais.
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