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Entretenimento / Vila Sésamo

Quem é a primeira marionetista negra da Vila Sésamo?

Apesar de estar há mais de cinquenta anos no ar, Vila Sésamo continua fazendo história; descubra os detalhes!

Redação Publicado em 22/09/2022, às 13h16

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Megan Piphus Peace e elenco de Vila Sésamo - Reprodução/ Instagram/ meganpiphus
Megan Piphus Peace e elenco de Vila Sésamo - Reprodução/ Instagram/ meganpiphus

Há mais de cinco décadas no ar, a Sésame Street, conhecida no Brasil como Vila Sésamo, é um dos principais programas infantis da TV, responsável por trazer lições indispensáveis para as crianças de forma divertida, realizada através de uma mistura que traz fantoches e animações.

O programa se tornou tão grande que ganhou adaptações em diversos países, incluindo nas terras tupiniquins em que vivemos, onde o programa foi lançado em 12 de outubro de 1972, apresentando Garibaldo, Elmo, Beto e toda a turma que habita a tão icônica vila falando o nosso idioma pela primeira vez.

Apesar de estar presente na cultura de diversos países e trazer bastante diversidade para dentro das telinhas apresentando marionetes que se assemelham a várias realidades vistas no mundo real, a primeira marionetista negra só foi contratada em 2021, onde Megan Piphus Peace passou a dar vida a personagem Gabrielle. 

Gabrielle surgiu no programa em 2017, onde ainda contava com a voz de uma atriz mirim. Sendo assim, Megan passou a interpretar a personagem quatro anos depois de sua criação. Mas, você sabe quem é ela?

Um breve histórico

Em entrevista publicada pelo jornal The Washington Post, Megan contou que acompanhava o programa comandado pelos fantoches e, quando completou oito anos, recebeu sua primeira marionete. Foi nesse momento que ela passou a aprender a dar vida aos bonecos de tecido, assistindo seus shows favoritos em VHS.

Enquanto crescia e aperfeiçoava a sua técnica com os fantoches em apresentações em igrejas, escolas, festivais e eventos, ela ganhava reconhecimento por seu trabalho, chegando inclusive a se apresentar no "The Tonight Show", em 2012, e no "America's Got Talent", em 2013.

No entanto, apesar de sua paixão, Piphus Peace acabou seguindo caminhos diferentes em sua formação, visto que conquistou uma licenciatura em economia no ano de 2014, assim como um mestrado em ciências em finanças no ano seguinte. Além disso, ela trabalhou em tempo integral no setor imobiliário por sete anos.

A entrada na Vila 

Ainda assim, ela não desistiu das marionetes e realizava trabalhos paralelos, abrindo uma porta para seu tão almejado sonho de adentrar a Vila Sésamo em 2018, quando procurou Leslie Carrara-Rudolph, a intérprete da personagem Abby Cadabby.

O encontro foi realizado apenas para que Megan expressasse sua admiração por Leslie, mas elas acabaram mantendo contato, permitindo assim que atriz que dá voz a Abby se tornasse sua grande mentora, chegando inclusive a enviar um vídeo de Piphus Peace para a equipe de “Vila Sésamo”.

As imagens que traziam Megan interpretando fantoches foram enviadas para que Matt Vogel, ator e diretor do programa, considerasse chamá-la para papéis futuros — e foi o que ele fez.

Como resultado, em 2020 ela fez testes para dar voz a Gabrielle em um projeto do programa realizado em parceria com a CNN para produzir um “Standing Up to Racism” (Enfrentando o Racismo, na tradução livre para o português) para crianças, onde conseguiu o papel.

A equipe gostou tanto do resultado que, meses depois, convidaram Megan para se juntar ao elenco oficial do programa. O momento se tornou ainda mais especial, pois, além de realizar seu sonho, a marionetista percebeu ao conhecer o set de gravações e olhar as fotos dos atores que já deram voz aos amados personagens, que ela era a primeira negra do elenco.

Comecei imediatamente a chorar”, revelou Piphus Peace. “Quanto mais diversidade tivermos, mais exibição das possíveis oportunidades que temos para a próxima geração.”

Além disso, nas declarações concedidas ao The Washington Post, ele contou o grande significado em se tornar a primeira marionetista negra no programa. "Significa abrir portas para futuros artistas e pessoas de cor em qualquer lugar da televisão e do espaço de entretenimento”, finalizou.