Descubra quem foi o primeiro homem a se tornar antagonista em um filme de animação da Disney
Izabela Queiroz Publicado em 16/03/2024, às 09h00
Participando da trajetória da Disney desde o lançamento do primeiro longa-metragem animado do estúdio na década de 30, os vilões desempenham papéis importantes não só para a construção do enredo ao fortalecerem a visão de bons moços dos personagens principais, mas também para exemplificar quais comportamentos e ações devem ser evitados por aqueles que estão assistindo às histórias.
Com isso em mente, surgiu a primeira figura maléfica da Casa do Mickey: a Rainha Má, vilã apresentada nas grandes telas através de ‘Branca de Neve e os Sete Anões’, onde, guiada por seu narcisismo e vaidade, e usando a magia como combustível, quase tirou a vida de sua própria enteada após a jovem garota ser considerada a mais bela do reino pelo Espelho Mágico.
Logo depois dela, surgiu a segunda vilã do estúdio, Lady Tremaine, também conhecida como a Madrasta Malvada, que deu as caras pela primeira vez em ‘Cinderela’ (1950) — o que nos leva a pensar: quem foi o primeiro vilão masculino do universo Disney?
A resposta pode ser encontrada se avançarmos mais de cinquenta anos nas produções estreladas por princesas e idealizadas pela empresa de Walt Disney, visto que o primeiro homem que surgiu para atrapalhar a vida de uma detentora da coroa foi apresentado em 1991.
Segundo informações divulgadas no site oficial da Disney, até a década de 90, os filmes da companhia contavam com a presença masculina em situações que prejudicavam os mocinhos, no entanto, eles surgiam apenas como capangas ou assistentes das grandes vilãs.
Com isso em mente, o primeiro vilão homem produzido foi Gaston, personagem que apareceu pela primeira vez em ‘A Bela e A Fera’ sob os desenhos do animador, Andreas Deja, profissional que criou também outras grandes figuras pertencentes ao ‘lado negro da força’ como Jafar, de ‘Aladdin’, e Scar, de ‘O Rei Leão’.
Na trama, Gaston é o caçador forte e bonito que quer a todo custo se casar com Bela e realizar o seu desejo de construir uma linda família onde, em seus sonhos mais profundos, eles se tornarão um casal e terão "seis ou sete meninos bonitos", conforme ele mesmo menciona no filme.
Sua ambição é movida apenas pela vaidade, já que ele quer se unir a Bela, pois ela, assim como ele, é considerada a detentora de maior beleza da cidade. Mas, como se isso não fosse problema o suficiente, o personagem apresenta diversos comportamentos machistas, expondo o quanto acha as mulheres inferiores aos homens em suas atitudes com a princesa, visto que ele a desrespeita incontáveis vezes, debochando inclusive de sua paixão: os livros.
No entanto, Bela não aceita ser tratada de tal forma, e logo a princesa o rejeita. Mas, acostumado a ser saudado como um herói local e de ter belas moças ao seu redor num piscar de olhos, Gaston não consegue aceitar o não e tenta investir novamente no romance, traçando um plano que deveria levá-los direto ao altar.
Ele falha novamente e termina humilhado na lama. Mas, não demora para que ele crie novos passos para conquistar o coração de Bela, já que ele tenta fazer um acordo com o dono do hospício para prender Maurice, o pai da garota que afirmava que a filha estava presa com uma fera no palácio, assim poderia chantagear a princesa a se casar com ele em troca da liberdade do pobre senhor.
Mas após ser liberta do castelo da Fera, Bela não aceita o acordo e decide expôr para toda a cidade que no palácio vive uma fera, afirmando que o ser grande e peludo é, na verdade, um homem de bom coração que foi vítima de uma maldição. No entanto, a população entra em desespero, fazendo com que Gaston veja uma última oportunidade de se vingar de Bela.
Gaston reúne um motim para matar a Fera, mas, novamente provando que sua vaidade não o levaria a lugar algum, ele acaba caindo do alto do castelo enquanto tenta golpear a Fera, encontrando em si mesmo o seu próprio fim.
