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Entretenimento / Ziraldo

Morre aos 91 anos Ziraldo, pai do Menino Maluquinho

O renomado cartunista Ziraldo, criador do "Menino Maluquinho", faleceu neste final de semana aos 91 anos de idade

Daniela Bazi Publicado em 06/04/2024, às 19h26 - Atualizado às 20h58

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Ziraldo e o Menino Maluquinho - Reprodução/Youtube/TV Brasil e Divulgação
Ziraldo e o Menino Maluquinho - Reprodução/Youtube/TV Brasil e Divulgação

Morreu neste sábado, 6, o desenhista e escritor Ziraldo, pai do “Menino Maluquinho”, aos 91 anos de idade. A informação foi confirmada pela família do cartunista, onde afirmou que o renomado autor faleceu por volta das 15h enquanto dormia em seu apartamento, no bairro da Lagoa, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A causa da morte teriam sido causas naturais.

O velório de um dos grandes nomes da literatura brasileira irá acontecer amanhã, 7, no MAM — Museu da Arte Moderna do Rio de Janeiro, a partir das 10h, com abertura para o público. O sepultamento, reservado apenas para familiares e amigos próximos, está marcado para as 16h30, no Cemitério São João Batista, em Botafogo.

Mais sobre Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu em Caratinga, Minas Gerais, em 24 de outubro de 1932, filho de Zizinha e Geraldo, e o mais velho de sete irmãos.

Apaixonado por desenhar desde muito novo, teve seu primeiro desenho publicado quando ainda tinha apenas 6 anos, em 1939, no jornal Folha de Minas. Em 1957, formou-se em direito, porém, naquela época, sua carreira já estava voltada para os desenhos. No mesmo ano, passou a trabalhar nas revistas “A Cigarra” e “O Cruzeiro”, publicando charges políticas e cartons. No ano seguinte, se casou com Vilma Gontijo, com quem teve três filhos: Daniela, Fabrizia e Antônio.

Já na década seguinte, surgiram os personagens Mineirinho, Supermãe e Jeremias. Foi nessa época também que publicou a primeira revista brasileira infantil, com a “Turma do Pererê”, encerrada em 1964 devido à ditadura militar. Com o fim da primeira publicação, fundou ao lado de outros humoristas o “O Pasquim”.

Durante a ditadura, participou da luta pela democracia, chegando até a ser detido em 13 de dezembro de 1968. Seus desenhos eram compostos por textos ácidos e ilustrações repletas de deboche, algo que não agradava o governo da época.

Um de seus maiores sucessos, “O Menino Maluquinho”, chegaria apenas em 1980. O personagem, considerado como um dos maiores fenômenos de todos os tempos do mercado editorial brasileiro, se tornou tão popular que saiu das páginas, e ganhou adaptações em games, cinema, teatro e televisão.