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Entretenimento / Turma da Mônica Jovem

Elenco de "Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo" desabafa sobre hate na internet

Em coletiva de imprensa, atores de "Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo" revelaram como o hate afetou o elenco durante as gravações; descubra!

Redação Publicado em 16/01/2024, às 16h46 - Atualizado em 17/01/2024, às 09h11

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Elenco de “Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo” - Laura Campanella
Elenco de “Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo” - Laura Campanella

Durante a coletiva de imprensa para o filme “Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo,” realizada na última segunda-feira, 15, o elenco foi questionado sobre como conseguiram lidar com a pressão de interpretar personagens conhecidos há anos nos quadrinhos e nos filmes, comentando também sobre o hate que enfrentaram ao serem confirmados como os novos intérpretes dos personagens de Mauricio de Sousa.

A primeira comentar sobre o assunto foi Sophia Valverde, onde disse que, por mais que existisse receio em dar vida a versão jovem da Mônica, ela se sentia feliz em conquistar o papel.

Foi uma pressão muito grande porque a Mônica já tem mais de 60 anos de história”, começou explicando Sophia. “Sempre acompanhei muito a Mônica e eu nunca imaginei ser a Mônica. Quando eu fiz o teste, eu já estava com pouco de medo, mas quando eu passei eu fiquei muito feliz. Claro que era uma grande responsabilidade, porque tem muita gente que ama. Eu cresci, por influência da minha mãe, com os gibis da Turma da Mônica. Então, era uma pressão, mas era muita felicidade de estar fazendo aquele papel tão importante para várias pessoas".

Em outro momento, Xande Valois, o Cebola, contou ainda que a pressão foi responsável por unir o elenco, e os blindar de críticas que não iriam fortalecê-los.

Eu acho que tudo acontece porque tem que acontecer. Foi uma pressão que foi muito boa para unir a gente, para a gente realmente poder se isolar de tudo. [A pressão] gerou ótimos frutos e que, na minha opinião, acabou até calhando um pouco de ser parecido com os desafios dos nossos personagens", completou.

Além da pressão, os atores também se tornaram alvo de hate na internet, visto que muitos usavam as redes sociais para menosprezar o novo elenco enquanto questionavam o porquê os primeiros intérpretes da versão em carne e osso da Turminha (Giulia Benite, Kevin Vechiatto, Laura Rauseo e Gabriel Moreira), haviam sido trocados com a chegada do live-action derivado do universo de Turma da Mônica Jovem.

Vale lembrar: O produtor-executivo de audiovisual da Mauricio de Sousa Produções, Marcos Saraiva, revelou em entrevista à Folha de São Paulo no ano passado, que o elenco foi alterado por conta de uma série de fatores, sendo dois deles, a idade dos personagens e os direitos de adaptação de obra, já que Turma da Mônica e a Turma da Mônica Jovem são propriedades diferentes.

Sobre isso, Sophia se mostrou positiva ao afirmar que, com a ajuda de seus colegas e de toda a produção envolvida para a criação do longa, ela pôde conquistar a confiança para dar vida a personagem.

Claro que a gente pode ter recebido hate, mas é um novo elenco, é uma história diferente, tenho certeza que vocês vão gostar muito. Mas foi uma grande responsabilidade. Ainda assim, com a ajuda da produção, da direção, dos meus amigos de elenco, eu com certeza consegui ter mais confiança”, complementou Sophia.

A diretora-executiva da Mauricio de Sousa Produções e inspiração para a criação da Dona da Rua, Mônica Spada e Sousa, também estava presente na coletiva e aproveitou o momento para sair em defesa da atriz. “Quando eu assisti à Mônica (Sophia Valverde) pela primeira vez, eu me identifiquei muito ali, voltei no tempo e ela está perfeita.”.

Mais que isso, Bianca Paiva, contou que tentava proteger seus colegas do hate que sofriam a fim de não trazer energias negativas para o set. “Eu, para ser sincera, não deixava muito eles lerem os comentários. Eu ficava: ‘galera, vamos desligar o celular, não precisa disso, vamos focar aqui na gente, vamos pensar naquilo que a gente acredita e que a gente está desenvolvendo com tanto amor e com tantas pessoas por trás’", contou Bianca.

A declaração da intérprete da Magali foi reforçada por Theo Salomão, ator responsável pelo Cascão, visto que ele ressaltou o quanto o apoio mútuo entre todos foi o que fez o projeto dar certo, mesmo com os comentários maldosos e a intimidação que pode surgir ao dar vida a figuras que fazem parte da história do Brasil.

Ela [Bianca] ajudou muito a gente. Estava todo mundo se ajudando, todo mundo se abraçando, a gente botava um outro para cima, a gente falava coisas boas para o outro, a gente ria muito, a gente saía também, e eu acho que a gente conseguiu tirar um pouco dessa pressão que é interpretar esses personagens icônicos. A gente tirou um pouco dessa pressão se ajudando como uma turma de verdade, então eu acho que a gente é uma turma, realmente, e nas telas vocês vão ver.”

Sophia contou como as mensagens negativas foram usadas como combustível durante as gravações para que eles pudessem entregar sempre o melhor resultado no final.

Quando a gente lia alguma coisa [sobre hate], acho que fez a gente ter mais força e mais vontade de dar mais nas cenas. Então vocês vão ver o nosso melhor nesse filme”.

Por fim, Carol Roberto, a Milena, relembrou uma experiência dos bastidores para destacar que a força de vontade de todos os envolvidos foi responsável por transformá-los na nova Turma.

Eu acho que existiu essa pressão e existiu o querer fazer dar certo em grupo. Todos nós queríamos que o projeto desse certo. Os preparadores falaram para gente: ‘vocês são uma turma que se conhece há muito tempo, então vocês precisam fazer com que as pessoas acreditem’, então precisa ser muito de verdade. Todo mundo entrou de cabeça 100% no projeto para fazer dar certo, disse ela. "Então a pressão funcionou e gente virou a turma. Agora a gente não se separa mesmo, não!", concluiu.