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Entretenimento / A Bela Adormecida

Cena icônica de 'A Bela Adormecida' é resultado de briga entre animadores

Um bastidor curioso de 'A Bela Adormecida' acabou se tornando um easter-egg que poucos conhecem. Entenda o que aconteceu!

Daniela Bazi Publicado em 17/03/2024, às 09h00

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Cena da animação 'A Bela Adormecida' (1959) - Reprodução/Disney
Cena da animação 'A Bela Adormecida' (1959) - Reprodução/Disney

No ano de 1959, a Disney lançava o último filme de princesa que contou com a participação de Walt Disney: “A Bela Adormecida”. A produção, inspirada no conto de 1697 do autor Charles Perrault, chegou nove anos após o lançamento de “Cinderela”, um dos maiores sucessos do estúdio, e custou cerca de 6 milhões de dólares para ser feito.

Conforme repercutido pelo G1, a animação começou a ser produzida no ano de 1951, levando exatos sete anos até sua finalização. Esse é considerada, até os dias atuais, como o desenho da Disney que levou mais tempo para ficar pronto. Além disso, a história de Aurora também foi considerada como o filme animado mais caro da época.

Apesar do enorme investimento, inicialmente, o longa foi um fracasso. Isso porque, assim que foi lançada, a produção arrecadou apenas 5 milhões de dólares em bilheteria, deixando o estúdio com um prejuízo de US$ 1 milhão. Por esse motivo, a produtora só voltou lançar um novo filme de princesa 30 anos depois, com “A Pequena Sereia”. Hoje, graças aos seus relançamentos, “A Bela Adormecida” é um sucesso, arrecadando mais de 51,6 milhões de dólares mundialmente.

Aurora e Philip
Princesa Aurora e Príncipe Philip / Crédito: Reprodução/Disney

Porém, mesmo não sendo tão bem aceito pelo público logo de cara, a trama foi muito elogiada pelos críticos em cinema da época. Não é à toa que, em 1959, o filme foi indicado ao Grammy por "Melhor Álbum de Cinema ou TV", e em 1960, ao Oscar por "Melhor Trilha Sonora".

“A Bela Adormecida” também pode ser considerado como um longa muito inovador. Isso porque, na década de 50, as animações eram feitas de uma forma mais simples, com um teor cartunesco, e Walt Disney tinha o desejo de ir contra esse movimento.

Dessa forma, ele surgiu com a proposta de realizar uma produção mais clássica e elegante, onde os personagens possuíssem ilustrações mais realistas. Sendo assim, buscando mais realismo nos traços de seus animadores, o cineasta fez com que os desenhistas estudassem a movimentação humana através de pessoas reais, que encenavam as cenas do longa para que eles replicassem no papel.

Briga nos bastidores?

Com o trabalho duro para reproduzir os desejos de Walt Disney para as telonas, é comum que nem todos os animadores concordem com todas as ideias apresentadas — e um desses desentendimentos acabou virando um easter-egg pouco conhecido pelo público geral.

Isso porque, segundo o G1, quando os profissionais estavam decidindo sobre a cor do vestido de Aurora, eles não conseguiam chegar a um consenso. A discussão acabou sendo tão marcante que foi parar no filme, onde pode ser visto em dois momentos: no início, quando as fadas estão preparando presentes para o aniversário da princesa, e na cena final, quando Aurora está dançando com seu amado, o príncipe Philip.

Vestido Aurora
Cenas da troca de cores do vestido de Aurora / Crédito: Reprodução/Disney