Animais de estimação ajudam no desenvolvimento das crianças - Shutterstock
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Conheça os benefícios do convívio com os pets para o desenvolvimento infantil

Veterinária explica como a convivência com animais pode ser positiva para a saúde das crianças

Redação EdiCase Publicado em 26/11/2022, às 09h00

 

O pedido por um cãozinho ou um gatinho de estimação, com certeza, esteve presente em muitos lares ao longo deste ano. Mas, será que os pais e responsáveis já consideraram os benefícios da convivência com os pets para responder a este pedido das crianças?

Geralmente, no momento de adotar um animal de estimação, costuma-se considerar somente os gastos financeiros a curto e médio prazo. No entanto, considerar os benefícios físicos, sociais e psicológicos da convivência com os pets também é um fator que pode ser decisivo no momento da adoção.

De acordo com a médica veterinária e especialista em comportamento animal, Juliana Germano, do Pet de TODOS, não há contraindicações para a convivência entre animais de estimação e seres humanos. “Há, ainda, estudos que comprovam os benefícios do uso de cães, gatos e outros animais para prevenção e tratamento de doenças”, explica.

Benefícios para a saúde física

Segundo estudo da American Heart Association (Associação Norte-Americana do Coração), um dos benefícios para a saúde, decorrentes da convivência com animais, como cães e gatos, é a redução de diabetes e de doenças cardíacas. Isso porque, ao conviverem com esses animais, os tutores tendem a adquirir hábitos mais saudáveis, como a prática de caminhadas ao ar livre, o que faz com que eles se exercitem até 30 minutos a mais do que pessoas que não tem nenhum animal de estimação.

Convivência melhora a imunidade

Juliana Germano também destaca que o convívio com os animais pode ser usado para melhorar a imunidade de crianças, de idosos e até de pacientes oncológicos. “O contato com os pelos e com os microorganismos presentes nos pets podem ajudar os tutores, independentemente da idade, a desenvolverem tolerância em relação ao animal e ao ambiente, prevenindo e tratando alergias”, explica a médica veterinária.

Em consonância, um estudo publicado pelo Instituto de Ciências da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, feito com mais de mil crianças, entre 7 e 8 anos, demonstrou que 49% das crianças que não tinham contato com animais de estimação apresentavam problemas alérgicos ou respiratórios, enquanto as que conviviam com pets não apresentavam sinais dessas doenças.

O contato com os animais ajuda a reduzir o estresse / Crédito: Shutterstock

 

Pets ajudam a reduzir o estresse

Para além da saúde física, um levantamento publicado na revista científica Plos One, da Public Library of Science, nos Estados Unidos, comprovou, a partir da análise da saliva de crianças, que o contato com os cães diminui significativamente os níveis de cortisol, que é o hormônio ligado ao estresse. 

Tratamentos com intervenções assistidas por animais

A médica veterinária Juliana Germano afirma ainda que algumas espécies são escolhidas para fazerem parte de tratamentos com intervenções assistidas por animais, ou seja, que usam o convívio com o pet como uma forma de contribuir para o progresso do tratamento.

“Para a intervenção assistida, as raças escolhidas geralmente são Golden Retriever e Labrador, que são raças muito conhecidas pela convivência harmoniosa com os seres humanos. Esses animais são muito usados para o acompanhamento de pessoas com deficiência visual e de crianças com autismo, por exemplo”, explica Juliana.

Benefícios sociais para crianças e adolescentes

Além dos benefícios para a saúde psicológica e emocional, a convivência com os pets pode ajudar crianças e adolescentes no desenvolvimento de empatia e senso de responsabilidade, à medida em que se preocupam em cuidar e promover o bem-estar para o animal. Ademais, a convivência com os pets pode ajudar aqueles mais tímidos a se distraírem e a socializarem.

“Toda criança e toda família merece um cachorro ou um gato, porque os benefícios são inúmeros, além de eles oferecerem um efeito realmente terapêutico em nossa vida. Lógico que, para isso acontecer, o animalzinho precisa estar saudável, com o acompanhamento veterinário e as vacinas em dia”, salienta Juliana Germano.

 

Por Aline Bonholi Barbosa

 
 

 

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