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Entretenimento / Percy Jackson

Por que os filmes e a série de Percy Jackson são tão diferentes?

Diretor e produtor da série revelaram o porquê “Percy Jackson e os Olimpianos” é diferente dos filmes que adaptam as obras de Rick Riordan; descubra!

Redação Publicado em 19/01/2024, às 13h00

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Imagem promocional de "Percy Jackson: O Ladrão de Raios" (2010) e cena de  “Percy Jackson e os Olimpianos” (2023) - Reprodução/ 20th Century Fox/ Disney+
Imagem promocional de "Percy Jackson: O Ladrão de Raios" (2010) e cena de “Percy Jackson e os Olimpianos” (2023) - Reprodução/ 20th Century Fox/ Disney+

O universo de Percy Jackson foi criado por Rick Riordan em uma série literária de 5 livros lançados de 2005 a 2009 e adaptado para as telonas pela primeira vez em 2010, quando “Percy Jackson e o Ladrão de Raios” estreou nos cinemas, ganhando uma sequência em 2013 com o título “Percy Jackson e o Mar de Monstros”, onde os personagens foram vividos por atores reais.

Ainda assim, as primeiras versões live-action da história, que antes pertenciam apenas as páginas, não agradaram aos fãs dos livros, como comprova a plataforma que agrega críticas cinematográficas e televisivas, Rotten Tomatoes, onde é revelado que o nível de aprovação dos dois filmes não ultrapassou a média de 50%.

Dentre os motivos pelos quais as produções cinematográficas foram um fracasso, está o distanciamento da história original, já que as personalidades dos personagens foram alteradas, figuras importantes excluídas, termos e conceitos que fazem parte da mitologia da obra não foram completamente explicados, e os que foram, não eram fiéis à descrição deRiordan.

Tanto é que o próprio autor revelou desgostar do trabalho feito diversas vezes, sendo uma delas no X (antigo Twitter), quando, conforme repercutido pelo Entertainmment Weekly, ele respondeu a um fã que afirmava ser “revigorante que o tio Rick odeie os filmes PJo ainda mais do que nós”.

Na ocasião, ele escreveu:

Bem, para vocês, são algumas horas de entretenimento. Para mim, é o trabalho da minha vida passando por um moedor de carne quando implorei para que não fizessem isso. Então, sim. Mas está tudo bem. Tudo bem. Vamos consertar isso em breve. "

Quase em concordância com a expressão popular “promessa é divida”, Riordan está envolvido em uma adaptação bem mais coerente ao seu trabalho: “Percy Jackson e os Olimpianos”, série em que o autor atua como um dos produtores da série, e foi responsável por co-escrever o episódio piloto com o produtor/showrunner Jonanthan E. Steinberg.

Desde o início, a série, que tem tido episódios lançados semanalmente no Disney+, tem surpreendido os fãs dos livros, que constantemente expõem suas opiniões nas redes sociais. Veja algumas delas!

Mas, o que faz os filmes e a série de Percy Jackson serem tão diferentes?

Apesar de terem inspirações nas mesmas obras, os filmes e a série de Percy Jackson tem alguns motivos para serem tão diferentes, conforme explicado pelo diretor James Bobin e Jonanthan E. Steinberg no painel de “Percy Jackson e os Olimpianos” na Comic Con de Nova York do ano passado (via The Direct).

O grande motivo foi apontado por Bobin, que contou ser o formato escolhido, já que dessa forma, eles conseguem ter mais tempo para explorar a história. 

Quero dizer, nós temos a vantagem do tempo, eu acho, você sabe. Charles Dickens costumava escrever livros em capítulos e depois publicar uma vez por semana, e esse é um bom formato há 150 anos, então eu gosto bastante da ideia."

Ainda que com o seriado seja possível trazer mais detalhes a trama, e abordar melhor as complexidades que o enredo carrega, Bobin defendeu que esta é a única vantagem em relação aos filmes, já que cada tipo de produção é única, e não havia o que tirar de lição das primeiras adaptações para trazê-las à série por serem diferentes.

E penso que tivemos a vantagem de, se tivermos oito... meia hora ou 40 minutos, ou o que quer que seja para contar a história do próprio livro de capítulos, isso é certamente uma vantagem para nós. Sabe, o filme - 90 minutos não é muito tempo para contar esta história bastante complicada. Mas não, não há realmente lições a tirar. E acho que esse filme era o que era e este é o que é, e é apenas uma coisa diferente".

Steinberg saiu em concordância à Bobin ao afirmar que não tentaram corrigir as escolhas erradas que as produções cinematográficas fizeram, apenas tentaram fazer algo que realmente acreditavam ser coerente com a história de Riordan.

Quando chegamos a esta fase, estávamos, por um lado, conscientes de algumas escolhas que, penso, não agradavam a alguns fãs. Por outro lado, acho que estávamos realmente empenhados em fazer o que parecia certo - quais são as escolhas certas em vez de tentar corrigir as erradas? - e realmente trabalhamos com elas, testando-as e testando-as, e depois nos comprometemos com elas. E o resultado, penso eu, parece mais algo em que acreditamos profundamente do que algo que estamos a tentar corrigir."