Cena da animação de Sítio do Picapau Amarelo - Divulgação/TV Globo
Séries

Há 10 anos, estreava a incrível animação de Sítio do Picapau Amarelo

Para celebrar a data, a Recreio conversou com o roteirista Marcos Ferraz sobre a criação da icônica série animada. Confira!

Daniela Bazi Publicado em 22/04/2022, às 17h00

As histórias do Sítio do Picapau Amarelo são uns dos grandes patrimônios da literatura brasileira. A obra escrita por Monteiro Lobato teve seu primeiro lançamento no ano de 1921, com o livro “Narizinho Arrebitado” e, desde então, conquistou diversas gerações em todo o País.

Graças ao seu enorme sucesso, as aventuras da turma do Sítio já receberam inúmeras adaptações para o cinema, televisão e história em quadrinhos. Uma das mais recentes foi a animação produzida pela Rede Globo, que comemora 10 anos de lançamento em 2022.

O desenho foi veiculado na TV Globo e no Cartoon Network até setembro de 2016, e contou com 78 episódios divididos em três temporadas. Para celebrar essa data tão importante, a Recreio bateu um papo incrível com Marcos Ferraz, um dos roteiristas responsáveis pela terceira temporada da animação responsável por conquistar os pequenos da nova geração. Confira!

1. Em 2022, a animação de Sítio do Picapau Amarelo completa 10 anos. Voltando um pouco lá atrás, como surgiu o convite para você participar da criação do roteiro da série?

Marcos Ferraz: O Rodrigo Castilho, que foi o idealizador do projeto, me chamou para compor a sala de roteiro. Nós já havíamos trabalhado juntos e ele sabia da minha aproximação com a linguagem infantojuvenil.

2. Se tratando de uma das obras mais amadas do país, é uma enorme responsabilidade realizar uma adaptação dessa história. Essa pressão te influenciou na criação do roteiro? Como foi esse processo?

Marcos: Não usaria o termo "pressão" porque o processo criativo era bem tranquilo. Nós estudamos bastante a obra e tínhamos também o apoio de pedagogas para deixar o roteiro o mais criativo e seguro possível para a criança. O que significa um roteiro seguro? É aquela história que os pais podem deixar a criança assistir sem medo de que seja passado algum tipo de preconceito, valores ou atitudes que incitem algum comportamento reprovável.

3. A Recreio ama saber um pouco mais sobre os bastidores da produção. Tem alguma curiosidade sobre o roteiro que você pode contar pra gente?

Marcos: O nosso trabalho era muito prazeroso. Éramos cinco roteiristas que se encontravam três vezes por semana (na época não havia pandemia) presencialmente. Ficávamos horas dentro de uma sala discutindo e criando histórias. Todas baseadas na obra do Monteiro Lobato. O Castilho vinha com uma proposta e nós engordávamos a ideia. Depois cada um ia para sua casa e escrevia o roteiro.

4. A animação foi um enorme sucesso no Brasil, conseguindo conquistar famílias inteiras. Como você se sentiu com todo esse reconhecimento?

Marcos: O maior prêmio é ver uma criança assistindo uma obra que você escreveu e lembrar que um dia você foi aquela criança. Eu estava naquele lugar, assistindo ao Sitio na televisão e sonhando com aquele universo mágico. De repente, eu estou do lado de cá criando esse universo.

5. Todo brasileiro possui uma memória marcante com o Sítio do Picapau Amarelo que guarda com carinho em sua mente. Qual é a sua?

Marcos: A primeira lembrança que tenho do Sítio foi quando meu pai chegou de viagem e trouxe para mim a coleção completa. Era uma edição de capa dura da Brasiliense. Eu ainda não sabia ler. Eu sou o caçula temporão, então sempre tinha alguém que lia para mim. Mas meu desejo era conseguir ler aqueles livros sozinhos. Foi meu estímulo para aprender rápido.

Série animação Monteiro Lobato Sítio do Picapau Amarelo

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