Elas podem pesar toneladas ou poucas gramas e até inspiraram a invenção das esponjas de banho. Estamos falando das esponjas do mar!
Tamanho: entre menos de 1 milímetro até alguns metros
Onde vive: em todos os oceanos
Alimentação:plâncton e minúsculas partículas de matéria orgânica
Expectativa de vida: de 1 ano a cerca de 2.300 anos
As esponjas do mar podem ser encontradas na superfície do mar a até 8 mil metros de profundidade e são poríferas: animais compostos de seres vivos multicelulares, ou seja, formados por várias células que criam tecidos e têm capacidade de responder ao ambiente que os envolve. Diferentemente de outros animais, as esponjas do mar não têm músculos, sistema nervoso nem órgãos internos
As primeiras esponjas do mar surgiram há 800 milhões de anos. Até o século 18, elas não tinham classificação exata. Alguns pesquisadores as consideravam plantas, outros diziam que eram colônias de animais unicelulares ou multicelulares.
Elas possuem diversos formatos, cores e tamanhos. O corpo pode ser mole, gelatinoso ou rígido, capaz de se fixar em rochas, conchas ou corais. Esses seres não se deslocam por vontade própria. Assim, não podem fugir dos predadores, como peixes, moluscos, tartarugas, ouriços e estrelas-do-mar. Por causa disso, muitas espécies possuem mecanismos químicos de defesa — acumulam substâncias tóxicas, que reduzem ou evitam o ataque de outros animais.
Sem boca, a alimentação acontece por filtração: a água do mar é bombeada por meio das paredes do corpo, retendo as partículas de alimento nas células do animal. As esponjas comem plâncton (conjunto de microrganismos) e minúsculas partículas de matéria orgânica.
Se uma esponja do mar perder uma parte do corpo, ela consegue se regenerar até se transformar em um novo ser. Esse processo pode ser usado como forma de reprodução. Hoje, existem mais de 8,5 mil espécies conhecidas. No Brasil, já foram descritas cerca de 350 espécies.
Muitos desses animais têm relações de comensalismo com outras espécies — um usa o outro de uma forma que traga benefícios para os dois. É comum que pequenos peixes, moluscos e crustáceos usem o interior da esponja como abrigo para se proteger de predadores. Outras espécies desovam no interior das esponjas para que as larvas e filhotes se desenvolvam em um local seguro.
As esponjas que usamos para tomar banho têm relação com as dos oceanos. Entre a Antiguidade e a primeira metade do século 20, as pessoas se limpavam com as esponjas naturais mesmo. Com o passar do tempo, elas foram substituídas pelas plásticas que usamos atualmente.