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Zoo / Animais

Como o camaleão muda de cor?

Entenda como funciona a habilidade destes animais de se camuflar com outras cores

Silvia Regina Publicado em 27/08/2021, às 10h00 - Atualizado às 13h26

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Camaleão em seu habitat natural - Pixabay
Camaleão em seu habitat natural - Pixabay

Todo mundo conhece os camaleões pela habilidade de se camuflarem, mudando de cor. Ele pode, por exemplo, assustar predadores, com cores de alerta, como vermelho e laranja, ou se misturar ao ambiente, com as cores verde e amarelo, para capturar presas e se esconder dos predadores.

A pele do camaleão é cheia de células chamadas cromatóforos, que possuem pigmentos de diferentes cores. Conforme as reações nervosas do animal, essas células podem se contrair ou se dilatar, provocando uma divisão dos pigmentos e causando a alteração de cor.

Dessa forma, se o ambiente é verde e o camaleão entende que precisa se camuflar, as células que contêm o pigmento esverdeado dilatam, enquanto as demais se contraem.

Mais sobre ele!

A pele também é rica em queratina. Essa substância (a mesma encontrada nas nossas unhas) protege o réptil, formando uma espécie de carapaça bem dura. Conforme o camaleão cresce, a pele vai sendo renovada.

A língua do camaleão é bem longa (tem mais ou menos a metade do corpo do bicho!), estica até 1 metro e possui um líquido pegajoso que, em contato com uma presa, faz com que ela grude. Essa é uma das estratégias do camaleão para caçar. Além disso, o bicho move os músculos da língua para agarrar animais grandes, como pássaros.

Ele enxerga tudo! O camaleão olha para direções diferentes de uma vez. Os olhos giram de forma independente, ou seja, enquanto um olha para a direita, o outro pode ir para a esquerda ou para baixo. Assim, quando avista uma presa, um olho fica ligado nela enquanto o outro observa ao redor, para ver se não há perigos.

Camaleões são lentos e não correm atrás de vítimas para caçá-las. Mesmo assim, são ótimos predadores porque rastejam até o alvo e usam a visão aguçada para disparar a língua e atingir, com precisão, a cabeça do bicho.

Consultoria: Maria A. Visconti (bióloga e professora do Instituto de Biociências da USP) e Michelle Granato (bióloga da Fundação Parque Zoológico de São Paulo).