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Piratas: Conheça a verdadeira história por trás dos reis dos mares

Reconhecidos por desbravarem os oceanos em busca de riquezas, eles ficaram famosos entre os séculos 16 e 18

Letícia Yazbek Publicado em 19/02/2021, às 09h00 - Atualizado em 30/04/2022, às 09h00

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Cena do filme Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra (2003) - Divulgação/Disney
Cena do filme Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra (2003) - Divulgação/Disney

A história dos piratas é tão antiga quanto a própria navegação. Eles existem desde o momento em que o homem passou a transportar bens e mercadorias usando rios e mares, atacando os barcos e roubando os carregamentos. Os registros mais antigos contam que, por volta do século 5 antes de Cristo, no Golfo Pérsico (região do Oriente Médio), ladrões já investiam contra barcos de comerciantes.

Apesar de existir há muito tempo, a pirataria ganhou força entre os séculos 16 e 18, quando houve um aumento importante do transporte de riquezas pelo mar. Países europeus, como Portugal e Espanha, encararam os oceanos, explorando novas terras e buscando recursos naturais e minerais. Assim, também cresceu o número de piratas — de nacionalidade francesa, inglesa e holandesa, eles atuavam principalmente nas ilhas do Caribe e no Oceano Atlântico.

Muitos marinheiros responsáveis por transportar produtos destinados ao comércio viravam piratas. O trabalho normal nas embarcações costumava render uma remuneração muito baixa. Além disso, a atividade era perigosa e acontecia em péssimas condições. Diante de tudo isso, muitos optavam por correr o risco e virar um pirata!

Entre os séculos 16 e 18, o aumento da pirataria contribuiu para o nascimento de uma identidade social dos piratas. As tripulações se especializaram em técnicas de navegação e na prática do roubo. Assim, formaram um tipo de sociedade com milhares de integrantes. As bandeiras pretas, colocadas nos mastros dos navios, eram o principal símbolo deles.

Nas expedições, os piratas preferiam roubar cargas valiosas, como os carregamentos de ouro e prata que eram enviados das colônias americanas para metrópoles na Espanha, Portugal e Inglaterra. Algumas tripulações só atacavam navios que carregavam esses bens, para ter certeza de que o roubo iria cobrir os riscos da batalha.

Nem sempre eles se davam bem. As embarcações que transportavam muitas riquezas costumavam ser protegidas por navios de guerra. Por isso, os piratas passaram a capturar embarcações comerciais que transportassem qualquer produto que eles pudessem vender, como ferro, tecido, especiarias, medicamentos e produtos agrícolas, como o açúcar.

Com o aumento da pirataria, o comércio dos países europeus era muito prejudicado. Aí, as nações começaram a reforçar as frotas marítimas para dar mais proteção aos navios mercantes e para caçar os piratas. Em 1720, muitos piratas já haviam sido caçados e os restantes estavam em fuga. Aos poucos, a pirataria começou a desaparecer, deixando para trás a Época de Ouro.

Os piratas ainda atacam e roubam embarcações em muitos lugares. O litoral africano, principalmente na região da Somália, é uma das áreas mais perigosas. Eles também estão presentes nos mares do extremo Oriente, próximos à Malásia e à Tailândia. E ainda há aqueles que atacam apenas embarcações em áreas próximas aos portos — como na região de Santos, em São Paulo, que tem o porto mais movimentado da América Latina.