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Os ninjas existiram na vida real?

Sim! Eles foram grandes guerreiros japoneses e tinham como missão espionar territórios inimigos. Saiba mais sobre a história!

Shirley Paradizo Publicado em 21/05/2021, às 09h45 - Atualizado às 13h07

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Imagem ilustrativa de um ninja - Pixabay
Imagem ilustrativa de um ninja - Pixabay

Também chamados de shinobi (em japonês, algo como ladrão), os ninjas eram preparados, desde crianças, para se tornarem guerreiros espiões, mestres em camuflagem, sabotagem e artes marciais. Moravam em vilas nas montanhas, onde treinavam com discrição.

Eles eram contratados por donos de grandes propriedades para espionar e, se necessário, eliminar inimigos – numa época em que existiam guerras internas no Japão. Esses conflitos entraram em declínio entre os séculos 17 e 19 e os ninjas desapareceram.

Existem muitas lendas sobre esses espiões — dizem que seriam capazes de voar, andar sobre a água e ficar invisíveis. Além dos mitos, sabe-se que eram bons em camuflagem: usavam roupas escuras para não serem notados e eram tão silenciosos que, quando descobertos, já era tarde demais! Daí o apelido de guerreiros das sombras.

A arte marcial japonesa conhecida como ninjutsu foi criada pelos ninjas. Trata-se de um conjunto de táticas de espionagem e de combate. A técnica era secreta e transmitida dos mais velhos para as crianças apenas oralmente — não havia nada escrito.

Traje diferente

As roupas costumam ser pretas, para ajudar na camuflagem, mas a cor podia variar e ter até alguma estampa, dependendo da missão. Havia compartimentos para carregar, por exemplo, espadas.

Os ninjas costumavam cobrir o rosto com um tipo de lenço chamado tenugui — também podia ser usado como cinto e no apoio em escaladas.

O traje também incluía uma capa, que protegia contra frio e chuva e tinha camadas para esconder artefatos: as shuriken (estrelas ninjas), por exemplo, ficavam num bolso interno.

Truques ninja

Eles eram mestres em subir paredes altas de forma ágil e silenciosa. Eles se apoiavam uns nos outros ou usavam pedaços de bambu ligados por uma corda. Para andar dentro da água, colocavam os pés em baldes e remavam com pedaços de madeira.

Para fugir ou observar terrenos, a técnica era o tanuki-gakure: escalar plantas e se esconder entre as folhagens. Na subida, uma garra (hokode) ajudava no apoio. Unhas também eram usadas (eles raspavam as unhas em troncos de árvores, por horas semanais, para ficarem parecidas com garras).

Mover-se sem barulho e discretamente (deslizando as costas em paredes e correr apoiando-se na parte da frente dos pés, por exemplo) era importante. Também andavam à noite se camuflando na sombra das árvores – e sabiam imitar o barulho dos animais.

Para não serem vistos na água, espalhavam musgo na superfície — assim, diminuíam a visibilidade das ondas que surgiam com o movimento. Embaixo da água, respiravam colocando pedaços de bambu na boca, como se fosse um canudo.