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Quem foram os bandeirantes?

Os bandeirantes desbravaram o interior do nosso país em busca de escravos fugitivos, metais e pedras preciosas

Redação Publicado em 13/02/2022, às 10h00

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Imagem ilustrativa dos bandeirantes - Reprodução
Imagem ilustrativa dos bandeirantes - Reprodução

Entre os séculos 16 e 7, os bandeirantes atuaram na captura de escravos fugitivos, no aprisionamento de índios e na procura de pedras e metais preciosos.

Eles desbravaram o interior do Brasil, partindo, especialmente, das vilas de São Paulo e São Vicente. Estavam sempre armados e eram violentos: nas primeiras três décadas do século 17, mataram ou escravizaram cerca de 300 mil índios, destruindo mais de 50 missões organizadas por padres jesuítas.

Esses homens transformaram São Paulo em um dos maiores centros de escravagismo indígena de todo o continente. E escolheram a cidade paulista por dois motivos: ela ficava no centro das rotas para o sertão e perto dos índios carijós (do litoral) e guaranis (do Paraguai).

As expedições organizadas pelos bandeirantes eram chamadas de bandeiras — o nome nasceu do costume europeu de levantar uma bandeira em sinal de guerra. No início, tinham como objetivo apenas a captura de índios para que trabalhassem em plantações. Os homens seguiam o curso dos rios, abrindo trilhas. Somente após o século 17 é que as bandeiras passaram também a procurar ouro e pedras preciosas – mas, a essa altura, muitos índios já haviam morrido.

Saiba quem foram os principais bandeirantes brasileiros!

Antonio Raposo Tavares (1598-1658): foi o maior caçador de escravos no tempo em que viveu (capturou 117 pessoas). Natural de Alentejo (Portugal), chegou ao Brasil com 20 anos. Em 1627, organizou a primeira bandeira contra Guairá, na região sul do país.

Fernão Dias Pais (1608-1681): em busca de metais preciosos, comandou uma expedição, entre 1647 e 1681, pelo interior mineiro. O bandeirante encontrou apenas turmalinas (pedras preciosas de variadas cores) e morreu durante a viagem.

Domingos Jorge Velho (1641-1705): não falava português, mas era fluente em tupi-guarani. Foi contratado pelo governo para destruir o quilombo dos Palmares (saiba mais no capítulo 8), em uma bandeira que começou no início de 1694 e levou quase um ano para terminar.