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Viva a História / Personagens

Conheça a história de Inês de Castro, a rainha cadáver de Portugal

Pode parecer bizarro, mas essa história realmente aconteceu. Descubra!

Redação Publicado em 10/09/2021, às 16h33 - Atualizado às 16h35

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Quadro "A Coroação de Inês de Castro em 1361", de Pierre-Charles Comte - Wikimedia Commons
Quadro "A Coroação de Inês de Castro em 1361", de Pierre-Charles Comte - Wikimedia Commons

Essa história se passou no século 14, durante o reinado de dom Afonso IV. De origem castelhana (nome dado aos que nasciam em Castela, Espanha), Inês de Castro mudou-se para Portugal como dama da casa de dona Constança, a noiva de dom Pedro I (não confunda com o nosso imperador, que só nasceria no final do século 18). O casamento era um arranjo político entre dom Afonso IV (pai de dom Pedro I) e o pai de dona Constança – prática comum na época

Amor e dor

Dom Pedro I se apaixonou por Inês assim que a conheceu. Juntos, viveram um amor proibido e tiveram três filhos. Ao perceber o que estava acontecendo, dom Afonso IV expulsou Inês de Portugal. Mas, com a morte de dona Constança, por causa de problemas no parto do filho dom Fernando, Inês foi trazida de volta ao país, em 1345, por dom Pedro I.

O fim

A relação entre Inês e dom Pedro I era considerada imprópria pelo rei, pois poderia colocar em risco a independência de Portugal em relação à Castela. Por isso, dom Afonso IV mandou matar Inês em 1355. A morte gerou uma breve guerra civil entre pai e filho.

Em Os Lusíadas, conta-se que as ninfas (seres mitológicos que habitam rios e florestas) teriam chorado, por longo tempo, a morte de Inês e que as lágrimas viraram uma fonte de água pura, batizada de Fonte dos Amores.

Vingando Inês

Após a morte de dom Afonso IV, dom Pedro I assumiu o trono — o reinado dele durou de 1357 a 1367. Durante o governo, teria mandado arrancar o coração dos assassinos de Inês. E, para imortalizar o amor que sentira por ela, teria jurado diante da corte que já havia se casado com Inês, em segredo, transformando-a em rainha mesmo depois de morta.