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Planetário / Espaço

10 fatos curiosos sobre a Via Láctea que você precisa saber

Conheça algumas curiosidades que você nunca imaginou sobre a nossa galáxia

Letícia Yazbek Publicado em 24/09/2021, às 11h00 - Atualizado às 11h51

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Imagem ilustrativa do espaço - Pixabay
Imagem ilustrativa do espaço - Pixabay

1. A Via Láctea é a galáxia em que se encontra o Sistema Solar e o planeta Terra. Ela é um grande conjunto de estrelas, planetas, gases e poeira. Os astrônomos acreditam que há cerca de 300 bilhões de estrelas e 100 bilhões de planetas na Via Láctea. A massa da nossa galáxia é equivalente a 750 bilhões de massas solares.

2. Sabia que a Via Láctea foi batizada pelos gregos? Eles ficavam muito curiosos ao ver o caminho esbranquiçado e brilhante presente no céu. Aí, acreditavam que o que viam era o leite que escorreu enquanto a deusa Hera amamentava o bebê Hércules. Por isso, chamaram o fenômeno de círculo branco como leite. O termo foi traduzido pelos romanos como caminho de leite (Via Láctea).

3. Acredita-se que a Via Láctea tenha surgido há cerca de 13 bilhões de anos, logo após o Big Bang. Uma grande e única nuvem composta por hidrogênio, hélio e poeira cósmica teria se fragmentado e dado origem a várias nuvens, que passaram a se desenvolver de forma independente, originando as galáxias. Já o Sol e os planetas do sistema solar teriam sido formados há cerca de 4,6 bilhões de anos.

4. Na Via Láctea, há estrelas de diferentes tamanhos e fases evolutivas. O nosso Sol é uma estrela anã amarela, formada por 74% de hidrogênio e 24% de hélio, além de outros elementos. As anãs amarelas têm uma temperatura de 6.000 graus Celsius na superfície e um brilho amarelo brilhante, quase branco. Cerca de 10% das estrelas da Via Láctea são anãs amarelas, de tamanhos e temperaturas parecidos com os do Sol.

5. Também existem estrelas bem maiores do que o Sol – até agora são conhecidas cerca de 50 delas. A maior é a hipergigante vermelha WOH G64, 1.520 vezes maior do que o Sol: nossa estrela mede 1,39 milhão de quilômetros de diâmetro, enquanto a WOH G64 tem quase 3 bilhões de quilômetros de diâmetro. Se ela estivesse no lugar do Sol, chegaria até Saturno - Mercúrio, Vênus, Terra, Marte e Júpiter seriam engolidos!

6. Os especialistas acreditam que a Via Láctea dá origem a 7 novas estrelas por ano. Quando uma estrela morre, as partículas de hélio e hidrogênio que a formavam ficam vagando pelo espaço. Depois de centenas de milhares de anos, essas partículas podem se agrupar e se tornar tão densas que passam a ter sua própria força gravitacional. É quando se formam as novas estrelas!

7. A Via Láctea tem um diâmetro de 100.000 anos-luz. Ela é maior e mais brilhante do que 99% das cerca de 100 bilhões de galáxias que já foram descobertas. Mas há galáxias maiores: a de Andrômeda tem entre 180.000 e 220.000 anos-luz de diâmetro, e a IC1101, maior galáxia já encontrada, tem diâmetro de 6 milhões de anos-luz! 

8. Os astrônomos acreditam que grande parte dos planetas que fazem parte da Via Láctea é habitável. Eles têm estrutura pequena e rochosa, parecida com a da Terra. Para serem habitáveis, os planetas precisam ter determinada distância da estrela que orbitam – nem muito perto, nem muito longe. A estimativa é de que, dos 100 bilhões de planetas que existem na Via Láctea, 60 bilhões podem abrigar vida!

9. A Via Láctea está crescendo ao longo do tempo, e os cientistas acreditam que ela continuará se expandindo e absorvendo galáxias menores até que uma galáxia maior a engula. Alguns especialistas acreditam que em cerca de 4,5 bilhões de anos, a galáxia de Andrômeda, vizinha da Via Láctea, será completamente absorvida por ela.

10. Um enorme buraco negro está localizado no centro da Via Láctea, próximo às constelações de Sagitário e Escorpião, escondido por nuvens de poeira e gás. Com uma massa de cerca de 4 milhões de vezes maior do que a massa do nosso sol, o buraco negro atrai os corpos celestes que estão próximos a ele para um destino desconhecido.

Consultoria: Leandro Guedes (pós-graduado em Astrofísica Extragaláctica e Filosofia da Ciência na Universidade de Notre Dame, EUA).