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Zoo / Curiosidade

Conheça Ripper, o pato australiano que aprendeu a xingar

O animal aprendeu a projetar a "voz" e imitar uma ofensa em inglês; confira o vídeo

Redação Publicado em 09/09/2021, às 11h26 - Atualizado às 11h31

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Conheça Ripper, o pato australiano que aprendeu a xingar - Reprodução/Youtube
Conheça Ripper, o pato australiano que aprendeu a xingar - Reprodução/Youtube

Nós já sabemos que papagaios conseguem copiar algumas frases humanas, mas e se a gente disser que foi encontrado um pato que também desenvolveu essa habilidade? Na década de 1980, na Austrália, o animal conhecido como “Ripper”, um pato-de-papada, encantou os cientistas ao  projetar sua “voz” para falar algo parecido com o inglês. Além disso, ele também imitava o som de uma porta batendo com força.

Confira o vídeo feito pelo Olhar Digital:

Na gravação, é possível ouvir o pato falando algo como "You bloody fool”, que em tradução ficaria algo como “seu maldito tolo”. Mais para a frente, também dá para ouvir Ripper fazendo o som da porta batendo.

Para os cientistas, a explicação plausível para o animal ter aprendido a falar é de tanto ter ouvido seu ex-treinador usar essa frase em sua presença. 

“Adquirir vocalizações por observação é algo conhecido apenas em um número limitado de grupos animais”, disse Carel ten Cate, da Universidade de Leiden, em um novo estudo publicado na Royal Society Publishing. “No caso de pássaros, alguns tipos de rouxinóis, papagaios e beija-flores demonstram essa mesma capacidade”.

Ripper nasceu na Reserva Natural Tidbinbilla e foi criado em cativeiro. “Junto de observações anteriores de diferentes populações e vocalizações diferenciadas em indivíduos criados em cativeiro, essas conclusões demonstram a presença de capacidade avançada de aprendizado vocal, comparável às vistas em beija-flores e papagaios”, comenta Carel. “O aprendizado vocal do pato-de-papada representa um caso de evolução independente, o que levanta muitas questões sobre mecanismos comportamentais e neurais envolvidos na evolução e adaptação da voz nessa espécie”, finaliza ele.