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Viva a História / Baile da Ilha Fiscal

O que foi o Baile da Ilha Fiscal?

A última festa do império brasileiro, poucos dias antes da Proclamação da República, em 1889, aconteceu na Ilha Fiscal, no Rio de Janeiro. Desvende esse lugar!

Bruna Cardoso Publicado em 15/11/2023, às 11h00

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Pintura de Dom Pedro II, o último Imperador do Brasil - Wikimedia Commons
Pintura de Dom Pedro II, o último Imperador do Brasil - Wikimedia Commons

A Ilha Fiscal fica na Baía da Guanabara, na capital do Rio de Janeiro. A história desse lugar começa no século 19, quando surgiu a ideia de construir um local para controlar as mercadorias que entravam e saíam do porto carioca. A ilha entusiasmou o imperador dom Pedro II por ser próxima ao porto e muito bonita. Para abrigar a Guarda Fiscal, que cuidava de toda a fiscalização (por isso o nome de Ilha Fiscal), foi erguido um palacete no local.

Em funcionamento

Iniciada em 1881, a construção do palacete acabou em abril 1889. Alguns elementos foram feitos em pedra talhada, como o Brasão da Monarquia. Existem duas alas laterais com pequenas torres nas extremidades e uma torre alta no centro. No segundo andar fica o gabinete, que era ocupado pelo chefe da alfândega. Perto da torre central, outra pequena torre abriga um relógio, que era iluminado à noite para informar a hora local aos navios que chegavam.

Baile luxuoso

Meses depois da inauguração do palacete, em 9 de novembro de 1889, aconteceu o fato mais marcante do local: o Baile da Ilha Fiscal em homenagem aos oficiais de um navio chileno. Essa foi a última festa da monarquia (a República seria proclamada em 15 de novembro). Acredita-se que o baile tenha sido uma tentativa de demonstração de força da enfraquecida monarquia brasileira.

Depois da festa

Em 1913, a Ilha Fiscal foi tomada pela Revoltada da Armada, quando grande parte da Marinha do Brasil se rebelou contra o governo do então presidente Floriano Peixoto. Os rebeldes ficaram lá por 6 meses e o palacete foi danificado por tiros. Ainda em 1913, o prédio virou propriedade da Marinha. Restaurado em 1996, foi aberto para visitação do público em 1998. Hoje, exposições contam a participação da Marinha do Brasil no desenvolvimento econômico e social do país.