Recreio
Busca
Facebook RecreioTwitter RecreioInstagram Recreio

Quem inventou a lenda da Loira do Banheiro?

Ao passar dos anos, a história ganhou diversas versões contendo origens diferentes. Conheça algumas delas!

Letícia Yazbek Publicado em 04/12/2020, às 10h47 - Atualizado às 16h21

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Imagem ilustrativa de um fantasma na janela - Pixabay
Imagem ilustrativa de um fantasma na janela - Pixabay

Uma das lendas urbanas mais famosas do Brasil, a Loira do Banheiro é conhecida pela maioria dos estudantes. De acordo com a história, uma garota loira, vestida de branco e com chumaços de algodão nas narinas, aparecia nos banheiros das escola após alguém executar uma série de ações, como chamá-la três vezes diante de um espelho, chutar o vaso sanitário, e abrir e fechar a torneira.

Dependendo da região do país e da escola, a forma de invocar a Loira do Banheiro muda. Em alguns lugares, falar palavrões, apagar e acender as luzes e até dar descarga com um único fio de cabelo dentro do vaso fazem parte das ações. Além disso, em determinadas cidades do Nordeste do Brasil, a Loira é conhecida como Maria Algodão.

O que se costuma contar nas escolas é que a Loira do Banheiro era uma garota de 14 ou 15 anos que vivia matando aula no banheiro. Um dia, ela escorregou, bateu a cabeça e morreu. Inconformada com a tragédia, dizem que ela permaneceu vagando pelas escolas e assustando quem usa os banheiros.

De onde veio?

Uma das teorias mais aceitas afirma que a história da Loira do Banheiro foi inspirada na vida da jovem Maia Augusta de Oliveira, que vivia em Guaratinguetá, São Paulo, no fim no sécuo 19. Filha do Visconde de Guaratinguetá, ela teria sido obrigada a se casar com um homem influente aos 14 anos.

Para fugir da obrigação, Maria Augusta vendeu alguns pertences e fugiu para Paris. Ela viveu por lá até 1891, quando faleceu misteriosamente aos 26 anos. Sua família, então, pediu que o corpo fosse enviado ao Brasil e colocado em uma urna de vidro na casa da família, até que o túmulo ficasse pronto.

A mãe de Maria Augusta, no entanto, não quis enterrá-la, e só aceitou fazer isso depois de sofrer com diversos pesadelos. Em 1902, a mansão da família foi transformada na escola estadual Conselheiro Rodrigues Alves, onde surgiram relatos de que o espírito da garota vagava pela escola, principalmente pelo banheiro feminino.

A lenda ganhou força entre alunos e funcionários, e era frequentemente usada para obter a obediência das crianças. Com o passar do tempo, a história se espalhou e se modificou.