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Viva a História / Tecnologia

Como funcionavam as coisas sem iluminação?

Descubra como as pessoas faziam para deixar os ambientes iluminados antes da invenção da lâmpada

Bruna Cardoso Publicado em 22/01/2021, às 07h00 - Atualizado às 15h32

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Imagem ilustrativa de lâmpadas - Pixabay
Imagem ilustrativa de lâmpadas - Pixabay

No início da história humana, a única luz existente era a natural – do Sol e da Lua. Até que, no período Paleolítico (2,5 milhões de anos antes de Cristo), o homem dominou o fogo. O processo de produção do fogo acontecia de duas formas: bater uma pedra na outra, produzindo faíscas que atingiam a palha; ou friccionando um graveto seco em uma madeira até produzir as faíscas para queimar a palha. Outra possibilidade era contar com a natureza: quando um raio atingia uma árvore, o homem continuava jogando folhas secas e galhos no local para manter o fogo.

Durante a Antiguidade (de 4 mil antes de Cristo ao ano 476) surgiram melhorias na iluminação, como lustres com superfícies espelhadas que usavam a luz do Sol em ambientes fechados. Mas a iluminação natural ainda era muito importante - teatros gregos e romanos, por exemplo, usavam a luz solar (os espetáculos começavam com o nascer do Sol e as cenas acompanhavam o caminho da luz).

Idade Média

Logo em seguida, na Idade Média, igrejas começaram a ser construídas com muitos vitrais, que captavam bastante luz solar. Nessa época houve também um aperfeiçoamento das tochas, que já existiam na Antiguidade – algumas substâncias deram mais durabilidade para as tochas, que passaram a ser apagadas e reacendidas. Aos poucos, ruas, tavernas (locais que serviam, principalmente, bebidas) e os corredores dos castelos medievais ficaram tomados por tochas.

Idade Moderna

Por volta do ano 400 surgiram as primeiras velas, feitas de fibras vegetais e gordura animal (tudo armazenado em recipientes de pedras). Depois, elas começaram a ser feitas de cera e sebo. Durante a Idade Moderna (a partir de 1453), velas e tochas foram o único recurso para iluminar e aquecer ambientes. Também nesse período as velas começaram a ser usadas dentro de candelabros e castiçais. Assim, não pingavam por todos os lados.

Em 1783, Aimé Argand, um físico e químico suíço, inventou a lâmpada de Argand, um tipo de lampião a óleo: usando cânfora e querosene, produzia iluminação equivalente a cerca de 6 a 10 velas. O francês Bernanrd Carcel aperfeiçoou a novidade para que produzisse luz mais constante – apesar da sujeira que deixava no teto, cortinas e estofados das casas. Em 1804, o alemão Friedrich Winzer usou gás destilado de madeira para iluminar a própria casa. Assim surgia a iluminação a gás, que ficou mais popular a partir de 1850, quando surgiu a profissão de acendedor de lampiões.

Eletricidade

Faltava pouco para a eletricidade: em 1879, o cientista norte-americano Thomas Edison fabricou a primeira lâmpada elétrica incandescente com filamento de carbono, substituindo o lampião a gás. Essa lâmpada emitia calor em forma de luz. Em 1938, o engenheiro mecânico sérvio Nikola Tesla criou a lâmpada fluorescente, que funcionava por meio da emissão de energia eletromagnética.

Em 1962, o LED (em português, diodo emissor de luz) foi criado pelo engenheiro norte-americano Nick Holonyak Jr. Os primeiros modelos emitiam apenas luz vermelha. Mais tarde, no início da década de 1990, surgiu o LED branco, atualmente a forma de iluminar o ambiente que consome menos energia!

Consultoria: José L. Cordeiro Fernandes (Universidade Estadual do Ceará e NEVE - Núcleo de Estudos Vikings e Escandinavos)