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Planetário / Planetas

A história de Marte, o planeta vermelho

Sendo o quarto planeta a partir do Sol, ele é tambpem o segundo menor do Sistema Solar

Letícia Yazbek Publicado em 30/10/2020, às 13h00 - Atualizado às 17h16

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Marte, o planeta vermelho - Pixabay
Marte, o planeta vermelho - Pixabay

No Egito antigo, por volta de 1500 antes de Cristo, as pessoas já observavam e registravam as posições de Marte. No século 4 antes de Cristo, Aristóteles percebeu que Marte desaparecia por trás da Lua, indicando que o planeta está mais longe da Terra do que nosso satélite. Em 1610, o italiano Galileu Galilei foi o primeiro a observar o planeta por meio de um telescópio. Já em 1655, o astrônomo holandês Christiaan Huygens desenhou um mapa que exibia características da superfície de Marte.

O nome Marte surgiu por volta de 700 antes de Cristo, na Roma Antiga. Ele foi dado em homenagem ao deus romano da guerra, Marte, por causa da coloração vermelha do planeta.

Marte é o segundo menor planeta do sistema solar – tem diâmetro de 6.779 quilômetros e cerca de metade do tamanho da Terra, que tem 12.742 quilômetros de diâmetro. Já Mercúrio, o menor planeta, tem diâmetro de 4.879 quilômetros. A massa média de Marte é de 639.000.000.000.000.000.000.000 quilos.

A distância entre Marte e o Sol é de 227.900.000 quilômetros. Como está mais longe do astro, o planeta vermelho é bem mais frio do que a Terra: a temperatura mínima é de 140 graus Celsius negativos e a máxima é de 20 graus positivos.

A atmosfera de Marte é cerca de 100 vezes menos densa do que a da Terra. Ela é formada principalmente por dióxido de carbono, argônio e nitrogênio, e tem pouca quantidade de oxigênio.

A superfície é formada principalmente por minerais. O óxido de ferro, que surge da reação dos minerais com o oxigênio, dão a cor vermelha ao solo. Há crateras, desertos, vulcões e vales por toda a superfície do planeta. O Monte Olimpo, maior vulcão do sistema solar, fica em Marte. Ele está extinto e tem cerca de 25 quilômetros de altura, três vezes mais do que o Monte Everest, montanha mais alta da Terra. Em Marte também ocorrem fortes tempestades de poeira.

Com a baixa temperatura e a baixa densidade da atmosfera, há pouca água em estado líquido. Pesquisas já revelaram que há reservas de gelo nos polos e no subsolo. Além disso, os pesquisadores acreditam que, no passado, Marte teve enormes rios, que ajudaram a formar o relevo do planeta. Ele já foi azul como a Terra!

Marte leva cerca de 24 horas e 36 minutos para dar uma volta em torno de si mesmo (movimento de rotação). Já o ano por lá dura 687 dias terrestres – esse é o tempo que Marte leva para dar uma volta em torno do Sol (movimento de translação). Assim como a Terra, o planeta vermelho tem estações do ano – elas são duas vezes mais longas!

Marte tem dois satélites conhecidos: Fobos e Deimos. Elas foram descobertas em 1877, pelo astrônomo americano Asaph Hall. Por serem bem pequenas, são difíceis de ser observadas. Fobos tem diâmetro de 27 quilômetros, e Deimos de 15 quilômetros.

A Mariner 4, lançada em 1964, foi a primeira sonda a passar pela órbita de Marte. Ela descobriu as crateras e a composição da atmosfera do planeta. Nos anos seguintes, sondas das missões Mariner, Marte e Viking observaram Marte. A Opportunity (2003) e a Curiosity (2012) são alguns dos satélites que ainda estão em atividade, coletando informações sobre a composição e a formação do planeta vermelho.

A NASA (agência espacial norte-americana) tem planos para enviar a primeira missão tripulada a Marte por volta de 2030. Ela terá a missão de descobrir se o planeta poderá ser um lar seguro para os seres humanos.