Por incrível que pareça, o fenômeno realmente existe e é impressionante. Confira!
Nina Neves Publicado em 06/11/2020, às 10h00 - Atualizado às 17h31
Já imaginou ter um rio imenso passando por cima da sua cabeça? Dependendo de onde você mora, isso acontece! Só que esse grande rio é voador e invisível.
Rios voadores são volumes enormes de vapor de água que viajam do norte ao sul do país em nuvens, guiados pelos ventos. É assim: para que a chuva aconteça, é preciso existir água em forma de vapor na atmosfera. As nuvens são formadas esse vapor - quando elas ficam muito carregadas de vapor, chove.
No Brasil, muitas chuvas acontecem por causa da água que evapora do mar. Mas, nos lugares onde não há litoral próximo, elas podem surgir de outras maneiras, como pelos rios voadores.
O nascimento
Para que um rio voador se forme, o processo se inicia muito antes, a partir da água que evapora do oceano Atlântico e forma nuvens de chuva que vão para a Floresta Amazônica. Quando chove na floresta, só uma pequena parte da água corre para os rios. O resto é absorvido pelo solo, pelas árvores ou fica na superfície das folhas.
Parte da água que não foi para os rios acaba evaporando (do solo ou pela transpiração das plantas), devolvendo a água da chuva para a atmosfera e formando novas nuvens supercarregadas de vapor. Essas nuvens são levadas pelo vento para as regiões centro-oeste, sudeste e sul do Brasil, onde a chuva cai. Ou seja, a chuva chega a essas regiões do Brasil graças à viagem que os rios voadores fazem desde a Floresta Amazônica.
Os rios voadores correm risco de acabar por causa do desmatamento da Amazônia. Cada grande árvore libera até 300 litros de água em forma de vapor por dia (o mesmo que 600 garrafinhas de meio de litro). Se elas deixarem de existir, as nuvens que formam os rios voadores também vão sumir. Daí, teremos menos chuva, menos água e menos energia, pois o Brasil depende de usinas hidrelétricas, que usam água para gerar eletricidade.
