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Mapa-Múndi / Civilizações

Ilha de Páscoa: O mistério do povo Rapa Nui

Mais de 800 estátuas se espalham por este ponto no Oceano Pacífico, onde moram cerca de 6 mil pessoas

Renato Lamanna Publicado em 15/06/2020, às 11h00 - Atualizado em 17/04/2022, às 12h00

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Ilha de Páscoa - Pixabay
Ilha de Páscoa - Pixabay

A Ilha de Páscoa fica na região chamada de Polinésia Oriental, no Oceano Pacífico. Ela pertence ao Chile e está a 3.700 quilômetros da costa do país – por causa da distância, esse é considerado um dos pontos habitados mais isolados do mundo.

Estima-se que o povo chamado Rapa Nui tenha chegado à Ilha de Páscoa entre os anos 300 e 1200. Eles permaneceram no local desde então e construíram todas as estátuas vistas hoje por lá, chamadas de moais. A população do lugar chegou a ter 15 mil habitantes. Mas, depois da chegada dos europeus, no século 18, o número caiu bastante. Atualmente, há mais ou menos 6 mil pessoas morando na Ilha de Páscoa – 60% delas são descendentes do antigo povo Rapa Nui.

Os moais

Existem 887 estátuas na ilha. Elas foram construídas entre os anos de 1250 e 1500 e representam os ancestrais dos diferentes clãs dos Rapa Nui – segundo a cultura daquele povo, o primeiro rei da ilha teve seis filhos, que deram origem a seis tribos; dentro dessas tribos, havia clãs liderados sempre pelo homem mais velho. Os moais têm de 1 a 20 metros de altura e pesam até 27 toneladas.

A cultura Rapa Nui tem diversas lendas, como a do rei Hotu Matu’a. Segundo o mito, há cerca de 2.500 anos, o rei sonhou com um lugar perfeito, igual à Ilha de Páscoa – e enviou guerreiros para procurar o local. Eles seguiram uma tartaruga, acharam a ilha e mandaram buscar o rei e a tribo para viverem por lá.

Por que este nome?

Era 5 de abril de 1722 quando o explorador holandês Jacob Roggeveen, que estava em uma expedição na região, desembarcou na ilha. Era um domingo de Páscoa – daí o nome usado até hoje.

Estátuas em risco

Durante o século 17, a enorme quantidade de estátuas construídas levou o povo Rapa Nui sofrer com a escassez de recursos. Isso fez surgir uma guerra entre os clãs: para atingir a parte inimiga, um grupo derrubava os moais do outro. Assim, todas as estátuas da ilha sofreram danos. A partir da década de 1960, surgiu um esforço do governo local para restaurar as estátuas.

Em 2012, um grupo de arqueólogos escavou ao redor de uma estátua e descobriu que havia uma parte enterrada. Ficou provado, então, que as estátuas têm corpo. Apenas 150 delas, na região da costa, estão enterradas até o pescoço.