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Mapa-Múndi / Alimentação

De estrogonofe a brigadeiro: Conheça a origem por trás do nome de algumas comidas

A cultura dos países de origem desses alimentos pode ter grande influência em seus nomes. Confira!

Bruna Cardoso Publicado em 16/04/2021, às 13h00 - Atualizado às 16h01

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Imagem ilustrativa de brigadeiros - Pixabay
Imagem ilustrativa de brigadeiros - Pixabay

A cultura do nosso país e de outros locais, muitas vezes, traz mais de uma explicação para o nome de certos alimentos. Confira algumas versões da origem de alguns pratos bem conhecidos.

Estrogonofe

Delícia da culinária russa, o estrogonofe leva pedaços de carne, cogumelo e creme de leite. Segundo alguns historiadores, o nome surgiu por causa de uma das mais importantes famílias russas do século 19, os Stroganov — mais precisamente do Conde Pavel Stroganov, que estava cansado de comer macarrão só com sal. Por isso, ele convocou um concurso de culinária para buscar o melhor molho! O eleito pelo Conde foi um que combinava carne de cordeiro, cogumelos e creme de leite azedo. Com o tempo, a receita foi se modificando. Hoje, o estrogonofe costuma ser consumido com arroz e batata palha.

Arroz de carreteiro

O arroz de carreteiro é típico da região Sul do Brasil. Feito de arroz, carne seca (ou carne de sol), paio, lcinguiça e temperos, surgiu no início do século 20, quando os carreteiros (transportadores de cargas) atravessavam a região Sul em carretas puxadas por bois para entregar produtos variados. No caminho, em uma panela de ferro, eles cozinhavam a carne (que não estragava no caminho por causa do pré-preparo que possuía) com o arroz.

Brigadeiro

O que é uma bolinha feita de leite condensado e chocolate em pó? O brigadeiro, é claro, que recebeu esse nome em homenagem ao brigadeiro Eduardo Gomes, candidato à presidência da República no Brasil em 1945 — brigadeiro é um posto nas forças armadas. Na época da campanha eleitoral, ele conquistou muitos fãs que preparavam eventos cheios de docinhos. Com o tempo, um dos doces ficou muito famoso e recebeu o nome de brigadeiro. Mas Eduardo Gomes perdeu a eleição para o general Eurico Gaspar Dutra.

Feijão-tropeiro

Prato típico da culinária mineira, o feijão-tropeiro é bem antigo. Quando o Brasil ainda era uma colônia de Portugal, por volta do século 17, o transporte de mercadorias era feito por tropas a cavalo ou usando burros. Os homens que guiavam esses animais eram chamados de tropeiros. Por quase três séculos, os tropeiros andaram por Minas Gerais, consumindo nas viagens feijão misturado à farinha de mandioca, torresmo, linguiça, ovos, alho, cebola e tempero. Ou seja, o feijão-tropeiro!

Pé de moleque

O pé de moleque surgiu por volta do século 16 com a chegada da cana-de-açúcar à capitania de São Vicente. Existem duas histórias! Uma diz que, na época, a aparência do doce lembrava a cor e os calos dos pés dos meninos que corriam descalços pelas ruas. Outra versão conta que as cozinheiras das fazendas vendiam cocadas e outros doces em tabuleiros nas praças. Mas, quando elas se distraiam, moleques pegavam algumas guloseimas! Ao perceberem o ocorrido, as cozinheiras berravam: Pede, moleque! Aí, um dos doces acabou virando o pé de moleque.

Cachorro-quente

Versão brasileira para o nome hot dog, o cachorro-quente surgiu em 1906, quando Harry Mozley Stevens percebeu que não conseguia vender sorvetes e refrigerantes durante um jogo de futebol americano em New Jersey (Estados Unidos). Então, teve a ideia de comprar muitos pães e salsichas. No estádio, as ver as salsichas dentro de pães, o caricaturista Thomas Aloysius Dorgan achou que aquilo merecia um nome e um desenho. Foi aí que ilustrou um dachsund (raça pequena de cachorro) latindo no meio do pão! Ao olhar para o resultado, o batizou de hot dog!

Maria-mole

Doce típico das festas juninas brasileiras, a maria-mole apareceu na cidade de São Paulo, criada por Antonio Bergano, um descendente de italianos que fabricava doces. Um dia, na tentativa de aproveitar as claras de ovos, ele inventou um suspiro mais consistente e adicionou gelatina à receita. A criação esfriou e, diferentemente do que ele esperava, não ficou dura — por isso, recebeu o nome de maria-mole.

Consultoria: Luiz Fabiano de Freitas Tavares (bacharel e licenciado em História pela UERJ).