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Entretenimento / Pinóquio

83 anos de Pinóquio: Conheça a verdadeira história do boneco de madeira da Disney

A história de Pinóquio popularizada pelo estúdio em 1940 tem origens muito mais distantes

Izabela Queiroz Publicado em 31/05/2022, às 16h39 - Atualizado em 09/02/2023, às 11h44

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Pinóquio e o Grilo Falante na animação "Pinóquio" de 1940 - Reprodução/ Disney
Pinóquio e o Grilo Falante na animação "Pinóquio" de 1940 - Reprodução/ Disney

A clássica história de “Pinóquio”, o boneco de madeira criado por Geppetto que ganha vida após uma visita da fada azul, recebeu uma adaptação live-action diretamente no Disney+ no último ano.

No entanto, essa não é a primeira vez que “Pinóquio” recebe uma reformulação. Apesar da história contada pela Disney na animação divulgada em 1940 ser amplamente popular e fazer parte da infância de diversas crianças ao redor do globo, ela, na verdade, é uma versão adaptada da história original escrita por Carlo Collodi em 1883.

Abordada de forma mais intensa e menos infantil, as aventuras desbravadas pelo personagem foram descritas primeiramente em tirinhas no jornal italiano “II Giornale per i Bambini”, mas logo após, as narrativas foram compiladas e transformadas em um livro intitulado “As Aventuras de Pinóquio”. Mas qual era o enredo?

A verdadeira história de Pinóquio

Pinóquio e Gepetto
Pinóquio e Gepetto / Crédito: Reprodução/Disney

Na trama desenvolvida por Collodi, Geppetto recebe de presente um pedaço de madeira falante, ao qual ele decide esculpir e transformar em Pinóquio, a fim de realizar seu sonho e finalmente ter um filho bondoso para amar e cuidar.

Mas os planos de Geppetto acabam saindo um pouco do controle logo após o boneco ganhar forma, visto que ele chuta o nariz do velho carpinteiro, passando a desempenhar um comportamento desrespeitoso, não ouvindo os conselhos de seu pai e o manipulando para conseguir as coisas que desejava.

Além disso, ao contrário da versão vista na Disney, na primeira história de Pinóquio, o Grilo Falante não tem seus conselhos ouvidos. Na verdade, o menino acaba se irritando com suas opiniões, e acaba o acertando com um martelo, causando o fim do pobre amigo.

Não obstante, Pinóquio continuava realizando diversas travessuras por onde passava, chegando a roubar os livros escolares que Geppetto havia lutado tanto para comprar, apenas para vender e usar o dinheiro para comprar ingressos para uma apresentação de marionetes.

Como consequência dessa última atitude, Pinóquio acabou sendo assaltado por uma dupla formada por uma raposa e um gato mas, ao tentar fugir, ele acabou tendo sua breve vida encerrada de forma trágica.

No entanto, a morte de Pinóquio causou diversas críticas a obra. Sendo assim, Collodi decidiu dar um novo encerramento ao personagem incluindo a Fada Azul, que foi responsável por trazer o menino mentiroso de volta a vida.

Mesmo com a segunda chance de melhorar seu comportamento, Pinóquio não o fez e seguiu tentando tirar vantagem de todas as situações, viajando inclusive para o País dos Brinquedos, lugar em que nenhuma criança precisa estudar.

Ainda assim, o resultado da falta de conhecimentos traz aos visitantes do lugar um efeito: eles acabam sendo transformados em burros, fato que ocorre com Pinóquio, mas que não o impede de continuar realizando diversas aventuras até a sua segunda morte.

Para a sorte de Pinóquio, a trama acaba revelando que todos os últimos acontecimentos eram apenas sonhos do boneco, no qual a Fada Azul diz antes que ele acorde que "um menino que tem um bom coração merece o perdão". Assim, quando ele desperta, ele não é mais apenas um boneco de madeira, mas sim, um menino de verdade.

A moral da história

Na trama original, a lição que o autor quer passar é que apesar de cometer erros, Pinóquio percebe o problema, se arrepende e se torna alguém melhor, criando um paralelo entre ficção e realidade, pois essas ações fazem parte do dia a dia dos seres humanos, mostrando que esse processo é importante para o amadurecimento.