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Ciência / Invenções

Quem inventou o aparelho ortodôntico?

Conheça a história por trás deste item que nos ajuda a manter um sorriso alinhado e saudável

Mariana Ribas Publicado em 30/07/2021, às 11h00 - Atualizado às 16h12

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Imagem ilustrativa de uma criança no dentista - Pixabay
Imagem ilustrativa de uma criança no dentista - Pixabay

Como manter um sorriso alinhado e saudável, daqueles de comercial de pasta de dentes? Essa preocupação não nasceu anteontem. A questão é tão importante que os gregos da Antiguidade já usavam um modelo primitivo de aparelho ortodôntico: uma espátula de madeira pressionada contra os dentes.

Nesse mesmo intuito de arrumar o sorriso, os antigos egípcios encontraram uma solução parecida: em vez de exercer pressão, como os gregos, eles fixavam a madeira nos dentes, amarrando-a na boca.

O primeiro aparelho ortodôntico de verdade surgiria muito tempo depois dessas tentativas. Foi já na Idade Moderna, em 1728, que um dentista francês de nome Pierre Fauchard inventou o bandeau (bandô). Mas o paciente continuou sofrendo: o objeto parecia um instrumento de tortura medieval. Era uma tira de couro duro que envolvia os dentes por meio de cordas amarradas com força, para modelar a arcada dentária.

Os aparelhos de metal só apareceram em 1841 e, já que o assunto é tortura, funcionavam como pregos. As bandas de metal eram inseridas, ou melhor, “parafusadas” nos dentes. Até que sorrisos tortos do mundo inteiro puderam respirar mais aliviados 18 anos depois, quando o artista e dentista americano Norman William Kingsley se tornou o pai dos aparelhos que conhecemos hoje.

Kingsley inventou uma placa que envolvia o céu da boca, acessório que seria aprimorado posteriormente para o que hoje chamamos de aparelho móvel – uma peça capaz de melhorar o efeito sobre a mordida profunda.

Então, há 70 anos, o inglês Charles Reuel Coffin desenvolveu o fio do aparelho que é usado até hoje. E a inspiração veio da música. Ele analisou a flexibilidade das cordas dos pianos e decidiu fazer igual com os fios dos aparelhos. O mundo ganhava aparelhos mais flexíveis e confortáveis.

Ficamos com essa mesma tecnologia basicamente até os anos 1980, quando os aparelhos começaram a diminuir de tamanho e até ganhar cores chamativas. Hoje, muitos jovens usam peças improvisadas e personalizadas nos dentes, sem necessidade (o que é contraindicado pelos odontologistas). Por mais surpreendente que pareça, o aparelho que já fez tanta gente sofrer acabou virando moda.