Recreio
Busca
Facebook RecreioTwitter RecreioInstagram Recreio
Escola / Ciência

Em projeto escolar, estudantes desenvolvem pensamento científico através do lançamento de foguetes

Por meio de oficinas, a iniciativa une a experiência de aprendizados e brincadeiras

Redação Publicado em 03/08/2021, às 11h01 - Atualizado às 11h02

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Estudantes constroem projéteis e bases para lançamento - Divulgação
Estudantes constroem projéteis e bases para lançamento - Divulgação

A ciência é movida por perguntas, e o mesmo pode ser dito sobre as crianças. Perguntar “o que é isto?”; “por que isto acontece?” ou “o que acontece se eu fizer isto” e buscar as respostas para essas questões — amplamente presentes no vocabulário infantil — é a base do pensamento científico.

Trabalhada na escola, a disciplina de Ciências pode ajudar as crianças a olhar o mundo de um jeito novo. “Elas têm curiosidade de saber a origem das coisas e explorar o que lhes parece diferente. Estimular isso é fundamental para formar jovens interessados, que pensam criticamente e entendem a importância do desenvolvimento científico”, pontua Thais da Silva, professora de Ciências do Marista Escola Social Lucia Mayvorne, que atende gratuitamente crianças e adolescentes no Centro de Florianópolis. 

É isso o que buscam fazer as oficinas de iniciação científica do projeto Jornada Ampliada. Elas ocorrem no contraturno do período escolar, com estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Nas oficinas, os alunos podem colocar em prática conhecimentos que viram nas aulas, o que contribui para que desenvolvam o pensamento científico, a autonomia e a criatividade na resolução de problemas.

Pequenos cientistas participam da Olimpíada Nacional de Astronomia

Os estudantes das oficinas de iniciação científica têm participado de eventos como a Olimpíada Nacional de Astronomia e a Mostra Brasileira de Foguetes. Junto com a professora, eles constroem os projéteis e as bases de lançamento para a competição, realizam testes e melhorias nos protótipos desenvolvidos.

A professora Thais da Silva explica que eles são os principais atores do processo: “O aluno desenvolve as capacidades de interrogar-se; formular hipóteses iniciais e tentar explicar os fenômenos observados; testar suas ideias e provocar seu pensamento a examinar contradições, para, então, modificar ou consolidar suas ideias iniciais”.

Após a participação na Olimpíada Nacional de Astronomia de 2021, no mês de junho, os participantes mostraram seus foguetes e o processo de construção para estudantes do 2º ano do Ensino Fundamental. Os alunos mais novos fazem parte de outra oficina baseada no Castelo Rá-Tim-Bum, que integra o processo de aprendizado e alfabetização com o brincar, imaginar e experienciar.

Como estimular o pensamento científico nas crianças?

As professoras responsáveis pela iniciação científica na Jornada Ampliada listam, em seguida, algumas dicas para os pais que querem incentivar os seus filhos a pensar criticamente sobre o mundo em que vivem.

1. Estimule-os com livros, revistas e até mesmo vídeos e desenhos animados, para que eles se interessem pela ciência a partir desses conteúdos;

2. Não tente forçar o tema: as descobertas científicas podem acontecer naturalmente, por exemplo, quando a criança vai a um parque ou praia e começa a fazer questionamentos sobre o que vê;

3. Incentive-os a estudar os conteúdos de Ciências na escola;

4. Acompanhe o que seu filho está estudando e busque apresentá-lo a conteúdos adicionais sobre o assunto;

5. Tente não se irritar quando a criança faz muitas perguntas sobre o que a cerca: é por meio de questionamentos que elas alimentam sua curiosidade e podem vir a pensar sobre coisas que não tinham conhecimento antes.