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'Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis': diretor conta como fugiu de estereótipos e preconceitos

Destin Daniel Cretton contou que tentou humanizar os personagens o máximo possível

Redação Publicado em 02/09/2021, às 16h22 - Atualizado às 16h41

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'Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis': diretor conta como fugiu de estereótipos e preconceitos - Divulgação / Disney
'Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis': diretor conta como fugiu de estereótipos e preconceitos - Divulgação / Disney

"Shang-chi e a Lenda dos Dez Anéis" estreia nos cinemas nesta quinta-feira (2)! O filme conta a história de Shang-Chi (Simu Liu), um jovem chinês criado por seu pai em reclusão e treinado em artes marciais. Quando ele tem a chance de entrar em contato com o resto do mundo, logo percebe que seu pai não é o humanitário que dizia ser, vendo-se obrigado a se rebelar.

O diretor do longa, Destin Daniel Cretton, deu uma entrevista à Variety e contou como se preocupou em não reforçar nenhum tipo de estereótipo ou preconceito na produção. Segundo ele, seu maior desafio foi fazer uma nova versão do Mandarim sem ter a imagem asiática caricata.

"Muito dessa evolução aconteceu depois que Tony entrou no projeto. Quando eu conversava com ele sobre o personagem, ele não fazia ideia de quem era o Mandarim, nem se importava com isso. Nós não usávamos Wenwu, mas definitivamente não conversávamos sobre 'O Mandarim'. Havia elementos do Mandarim, desse personagem, que estavam sendo mantidos, mas falávamos sobre um pai que teve grande perda na vida, mergulhando em desespero e psicose", explicou.

"Nunca nos pareceu muito certo que as pessoas chegariam até ele e diriam: 'Sim, senhor Mandarim'. Então, nós sabíamos que precisávamos dar um nome a ele. Até no roteiro, ele estaria sinalizado como Mandarim, mas em todas as interações com outras pessoas ele seria chamado de Wenwu, que é o nome que demos a ele", continuou Cretton. "Esse foi o nome ao qual Tony se segurou, e que eventualmente encontrou seu caminho para a cena em que ele explica que Mandarim é um de seus muitos apelidos, mas só seu verdadeiro amor o chamou pelo nome real".

 "Eu sinto que o processo de quebra de estereótipos é realmente tentar humanizar os personagens o máximo que for possível, dando a eles todos os lados que couberem e tendo certeza que cada personagem tenha algo claramente humano com o qual estão lidando, que os torne identificáveis, quer você tenha a mesma etnia que eles ou não. Para mim, é aí que se quebra os estereótipos, quando você se enxerga em um personagem", finalizou o diretor.

Assista ao trailer do filme: