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Diretor e criador de 'Maya e os 3 Guerreiros' revela detalhes da nova aventura animada da Netflix

Durante a sua participação no Festival Internacional de Animação CHILEMONOS, Jorge R. Gutiérrez também recebeu o prêmio Ícone Chilemonos

Redação Publicado em 23/07/2021, às 13h41 - Atualizado às 13h44

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Imagem promocional de Maya e os 3 Guerreiros - Divulgação/Netflix
Imagem promocional de Maya e os 3 Guerreiros - Divulgação/Netflix

Na noite da última quinta-feira, 22, em uma apresentação emocionante e bate-papo exclusivo na décima edição do Festival Internacional de Animação CHILEMONOS, o criador, roteirista e diretor Jorge R. Gutiérrez (Festa no Céu) e a consultora criativa e designer de personagens Sandra Equihua revelaram detalhes sobre o processo criativo e as inspirações para a concepção de Maya e os 3 Guerreiros, que estreia ainda neste ano só na Netflix. A aventura animada de nove capítulos conta as fantásticas façanhas de uma princesa guerreira inspirada na cultura mesoamericana.

Diante de uma plateia virtual de diversos países, como Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, México e Peru, eles apresentaram esboços, maquetes, desenhos e novidades exclusivas do projeto. Jorge compartilhou também detalhes sobre a inspiração para a criação dessa aventura épica de 270 minutos, cheia de fantasia.

“Me dei conta, como criador e como homem, de que, na maioria das histórias, os protagonistas eram homens. Quer melhor momento e lugar para mudar isso, e colocar a ênfase em uma heroína? Como criador, comecei a recordar as mulheres guerreiras que me tocaram na vida, como elas lutaram como se estivessem enfrentando mil deuses e triunfaram: minha esposa, que é minha musa, minha mãe e irmã. Queria dedicar algo a elas, escrever uma carta de amor para as mulheres mexicanas e latinas”, comentou. Especialmente sobre a inspiração para o desenvolvimento de Maya, ele disse, “esta é a Sandra que conheci e por quem me apaixonei. Maya tem o dilema de ser uma princesa guerreira e uma princesa diplomática”.

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Jorge R. Gutiérrez e Sandra Equihua durante o Festival Internacional de Animação CHILEMONOS / Crédito: Divulgação/Netflix

Depois de apresentar uma prévia exclusiva, Sandra e Jorge comentaram sobre o trabalho em parceria e como criaram as relações entre os personagens. “Muitos dos diálogos são inspirados em como nos comunicamos uns com os outros. A ideia de que os deuses são adultos e as crianças são a humanidade é porque as crianças ensinam os adultos”, disseram.

Para finalizar, eles citaram a principal motivação de Maya: “a frase ‘se deve ser, então é meu dever’ é uma das que Maya repete constantemente. A única maneira de fazer mudanças é fazendo você mesmo. Na América Latina temos histórias incríveis, temos algo que podemos mostrar ao mundo, temos sangue de guerreiros. Essa foi minha inspiração para a série. Nós, como mexicanos, temos a cultura como parte da nossa história, e a melhor forma de contar o presente é se inspirar no passado. Em minhas experiências passadas no Chilemonos e no Anima Mundi, fiquei muito impressionado em conhecer talentos de toda a região. Pessoas que estavam tentando contar a história de seus países, e isso me inspirou. Somos mais fortes na América Latina se lutarmos juntos”.

Ao final da apresentação, Jorge recebeu o prêmio Ícone Chilemonos das mãos da diretora do Festival, Margarita Cid, que afirmou: “O prêmio Ícone do Chilemonos é um reconhecimento que damos a pessoas inspiradoras, que marcaram as novas gerações de criadores. É uma forma de premiar a trajetória de um cineasta que conseguiu globalizar suas histórias sem perder sua identidade. Jorge Gutiérrez inspirou pela sua coragem, perseverança e crescimento. Conseguiu ganhar espaço na grande indústria sem perder sua essência mexicana, incorporando em suas produções o imaginário presente na cultura de seu país. É o vemos em produções como Mucha Lucha, Festa no Céu e Maya e os 3 Guerreiros, onde ele imprimiu sua própria marca.”