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Como o samba foi inventado?

Descubra como surgiu um dos maiores ritmos musicais do Brasil

Letícia Yazbek Publicado em 11/12/2020, às 15h00 - Atualizado às 17h11

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Instrumentos para tocar samba - Wikimedia Commons
Instrumentos para tocar samba - Wikimedia Commons

O samba está presente em todo o Brasil e costuma ser tocado com violão ou cavaquinho, acompanhado de instrumentos de percussão (surdo, tamborim, chocalho e pandeiro). As letras do samba costumam contar a vida e o cotidiano das pessoas que moram nas cidades grandes, principalmente das populações mais pobres.

O samba surgiu a partir de 1860, a partir da cultura africana. Os escravos que viviam na Bahia nessa época organizavam festas chamadas de samba (que quer dizer algo como brincar ou se divertir). A música, a dança e a percussão estavam ligadas a elementos religiosos. Aos poucos, os ritmos do samba foram se misturando aos estilos que já existiam por aqui.

No fim do século 19, o Rio de Janeiro, que havia se tornado a capital do Império, recebia migrantes de várias regiões, principalmente da Bahia. Aí, os negros passaram a organizar festas e celebrações na região central da cidade. Foi assim que apareceram as primeiras rodas de samba, que misturava o ritmo africano com a polca, o xote e o maxixe, populares entre os cariocas.

Durante muitos anos, o samba foi mal visto. Isso porque ele era ligado à cultura africana, muito perseguida na época. Na década de 1920, quem fosse pego cantando ou dançando samba podia até ser preso. Só mais tarde, por volta da década de 1940, que o samba foi reconhecido como importante símbolo nacional.

Quando o samba começou a se desenvolver, no Rio de Janeiro, dois artistas fizeram muito sucesso: João da Baiana, que gravou o samba Batuque na cozinha, e Donga, conhecido por compor o primeiro samba registrado em gravadoras, Pelo Telefone, em 1917.

Por volta de 1930, o samba se espalhou pelas rádios e festas populares de todo o Brasil. Surgiram novos sambistas e compositores, como Noel Rosa, Cartola, Dorival Caymmi, Ary Barroso e Adoniran Barbosa, muito importantes para a música brasileira até hoje. As músicas tinham ritmo mais lento e falavam principalmente de desilusões amorosas.

No fim dos anos 1950, alguns músicos reconheceram o valor do samba e passaram a organizar um movimento de modernização do estilo. Esse samba diferente, com influência do jazz, é chamado de bossa nova. Tom Jobim foi o principal compositor, e João Gilberto um dos intérpretes da bossa nova. As músicas tinham como assunto preferido as belezas da vida e as paisagens do Rio de Janeiro.

O pagode surgiu como um estilo de samba, entre os anos 1970 e 1980. As principais características são a improvisação e o jogo de palavras. Esse estilo tratava de temas do cotidiano, sempre com muito bom humor. Nessa nova geração do samba, podemos destacar Paulinho da Viola, Jorge Aragão, Zeca Pagodinho e Martinho da Vila.

Com o passar do tempo, o ritmo se desenvolveu e outros instrumentos, como flauta, teclado e saxofone, foram incorporados, dando origem a novos estilos de samba. Ele ganhou novos modos de ser tocado e cantado, de acordo com a época e a região.

Em 2 de dezembro é comemorado o Dia Nacional do Samba. A data marca o dia em que o mineiro Ary Barroso visitou a Bahia pela primeira vez, em 1940. Dois anos antes, ele escreveu a música Na Baixa do Sapateiro, em homenagem à cidade de Salvador.


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