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Ciência / Alimentação

Por que arde quando comemos pimenta?

Descubra esse e outros fatos curiosos sobre este famoso alimento

Bruna Cardoso Publicado em 23/10/2020, às 10h00 - Atualizado às 16h50

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Imagem ilustrativa de pimentas - Pixabay
Imagem ilustrativa de pimentas - Pixabay

A capsaicina é o composto químico responsável pela sensação de ardência causada pela pimenta – quanto mais ardida ela for, mais capsaicina possui. Esse composto tem efeito dilatador, o que provoca o avermelhamento da face. Além disso, irrita as mucosas do nariz e dos dutos lacrimais (você fica com o nariz escorrendo e lágrimas podem escorrer dos olhos). Isso tem um lado bom: limpa as vias aéreas e melhora a respiração!

O exagero na ingestão de pimenta faz com que a boca arda muito. Nesses momentos, evite tomar água, pois a capsaicina (composto responsável pelo ardor) não se dissolve nesse líquido. O melhor é bebe leite, o único capaz de aliviar a sensação – o leite tem caseína, proteína capaz de eliminar o composto capsaicina da pimenta. Açúcar também ajuda!

Quando é incluída na alimentação, a pimenta melhora a disposição e mantém o cérebro ligado, contribuindo para um raciocínio mais rápido. Diferentemente do café, que provoca ansiedade e insônia, as pimentas mais fortes trazem altas concentrações de vitamina C, fundamentais para o funcionamento das células nervosas. Além disso, quando é mantida por um bom tempo no cardápio, a pimenta melhor o humor!

Nem todo mundo pode consumir pimenta sem se sentir mal: quem tem gastrite (inflamação no estômago), esofagite (qualquer inflamação, irritação ou inchaço do esôfago) ou refluxo gastroesofágico (doença em que os ácidos do estômago voltam pelo) deve evitar esse alimento.

De onde veio?

A origem da pimenta ainda é um mistério. Enquanto alguns estudiosos acreditam que ela veio do México, outros dizem que a origem é a China – e ainda os que acreditam que a pimenta veio, na verdade, da Índia! As datas para a descoberta também são confusas. A versão mais aceita diz que as primeiras evidências de cultivo da pimenta datam de 7500 antes de Cristo, no México.

Em 1912, o norte-americano Wilbur Scoville criou a Escala de Scoville, que mede a quantidade de ardência de uma pimenta. Para chegar a um valor exato, a pimenta selecionada é imersa em uma solução com água e açúcar. Quanto mais solução for necessária para diluir a pimenta, mais picante ela é. De acordo com a escala, a pimenta Carolina Reaper, originária da Carolina do Sul (Estados Unidos), é a mais forte do mundo.

No ranking das dez mais ardidas, depois da Carolina Reaper, vêm: Trinidad Moruga Scorpion, 7 Pot Douglah, 7 Pot Primo, Trinidad Scorpion Butch T, Komodo Dragon, Naga Viper, 7 Pot Brain Strain, 7 Pot Barrackpore e 7 Pot Jonah.

Consultoria: Alan Tiago Scaglione (nutricionista da Estima Nutrição).