Pode parecer estranho, mas esse fenômeno não tem relação com a cor do satélite
Letícia Yazbek Publicado em 19/03/2020, às 11h00
Diferente do que costumamos pensar, a Lua azul não se refere à cor do nosso satélite natural. Esse termo se refere, na verdade, à segunda Lua cheia que acontece em um mesmo mês.
Esse fenômeno acontece porque um mês da Terra tem, em média, 30,5 dias. Já o mês sinódico - que marca as fases da Lua - possui 29,5 dias. Assim, quando a primeira Lua cheia cai bem no comecinho do mês, haverá outra antes de 30 dias.
Isso acontece a cada 2,5 anos, aproximadamente. A última Lua azul ocorreu em março de 2018, e a previsão é de que a próxima apareça em 31 de outubro de 2020.
Fevereiro é o único mês em que não pode ocorrer uma Lua azul - mesmo nos anos bissextos, o mês é mais curto do que o ciclo lunar. Também é possível que Fevereiro não tenha nenhuma Lua cheia, o que leva à ocorrência de duas Luas azuis no mesmo ano. Assim, acontece uma Lua azul e outra em março - isso aconteceu em 1980, 1999 e 2018, e ocorrerá novamente em 2037.
A Lua pode adquirir um tom azulado por causa das condições atmosféricas, quando acontece uma erupção vulcânica ou um grande incêndio. Nesse caso, as cinzas sobe ao topo da armosfera terrestre e dispersam a luz vermelha, permitindo a passagem da luz azul. Esse fenômeno, no entanto, não tem relação com a segunda Lua cheia do mês.
Por causa da raridade desse fenômeno, surgiu a expressão da língua inglesa Once in a blue moon (uma vez na Lua azul), utilizada para se referir a eventos que raramente acontecem.
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