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Planetário / Espaço

Entenda os tipos e classificações das Galáxias

Saiba mais sobre estes sistemas formados por estrelas, gás e poeira

Letícia Yazbek Publicado em 02/07/2021, às 10h00 - Atualizado às 11h06

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Galáxia vista do espaço - Pixabay
Galáxia vista do espaço - Pixabay

Existem cerca de 170 bilhões de galáxias no Universo observável - a parte que podemos ver. Em 1925, o astrônomo norte-americano Edwin Hubble criou o primeiro sistema de classificação de galáxias, usado até hoje. Ele as dividiu de acordo com as estruturas que elas apresentam.

Elíptica

Esse tipo tem formato arredondado ou achatado, parecido com um grão de arroz. Os cientistas acreditam que o achatamento acontece por causa do movimento orbital das estrelas no interior da galáxia. Cerca de um terço das galáxias conhecidas são elípticas. As dimensões são variadas (podem ser desde anãs até gigantes!) e há pouco gás, pouca poeira e poucas estrelas jovens. Isso porque as galáxias elípticas são estruturas mais antigas, que já têm a formação estelar concluída.

Espiral

Mais ou menos 65% das galáxias conhecidas possuem formato espiral. Nesse caso, apresentam estrutura parecida com um disco e são formadas por estrelas e material interestelar. O núcleo das galáxias espirais é denso, composto de estrelas mais velhas. Do disco, saem enormes braços espirais recurvados na direção oposta ao núcleo. Todas as espirais têm grande quantidade de estrelas jovens e de matéria interestelar. E essas galáxias podem ser diferentes entre elas: algumas possuem núcleo maior e braços pequenos; outras, núcleo menor e braços grandes e mais abertos.

Espiral barrada

Apesar de também terem formato espiral, os braços dessas galáxias saem de uma longa estrutura parecida com uma barra, que cruza o centro da galáxia. Aí, os braços giram em função do movimento de rotação da barra, e não em torno do núcleo, como acontece nas espirais normais. Alguns cientistas acreditam que a formação da barra é consequência da interação gravitacional com uma galáxia próxima. As estrelas dessas galáxias são jovens e há material interestelar. A Via Láctea é um exemplo de galáxia espiral barrada.

Lenticular

Assim como as galáxias espirais, as lenticulares também têm um núcleo central denso, envolvido por um disco. No entanto, elas não têm os braços que formam a estrutura espiral. As galáxias lenticulares podem ser consideradas intermediárias entre as elípticas e as espirais. Elas também apresentam muito gás e poeira e, por isso, ainda formam estrelas.

Irregular

Sem formato definido, as galáxias desse tipo apresentam estruturas desordenadas e não se encaixam no esquema desenvolvido por Edwin Hubble. Os cientistas acreditam que as galáxias irregulares são as mais jovens. Elas costumam ter uma grande quantidade de estrelas recém-nascidas. A Grande Nuvem de Magalhães, por exemplo, é uma galáxia irregular anã que orbita a Via Láctea. O diâmetro dela é 20 vezes menor do que o da nossa galáxia.

Algumas vezes, as galáxias se chocam umas com as outras. As colisões podem durar de 1 milhão a bilhões de anos! Quando isso acontece, elas se destroem ou se fundem, formando uma nova galáxia maior. Nesse caso, a estrutura e formação mudam. A Via Láctea, por exemplo, está em processo de colisão com a galáxia Anã Esferoidal de Sagitário.