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Natureza / Fenômenos

Por que furacões e tempestades têm nomes de pessoas?

Na Segunda Guerra, o exército norte-americano começou a batizar as tempestades com nomes de mulheres. Este critério se tornou regra em 1953

Letícia Yazbek Publicado em 05/04/2020, às 13h00 - Atualizado em 18/05/2022, às 11h00

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Imagem ilustrativa do furacão Catrina - Pixabay
Imagem ilustrativa do furacão Catrina - Pixabay

Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, os nomes de furacões, tornados e tempestades não são homenagens a políticos ou pessoas que morreram em decorrência de fenômenos naturais.

Usar nomes humanos, em vez de números ou termos técnicos, tem o objetivo de evitar erros e confusões. Os nomes são mais fáceis de lembrar na hora de divulgar alertas, por exemplo. As listas são feitas pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência da Organização das Nações Unidas (ONU).

A cada ano é feita uma lista com 21 nomes, um para cada letra do alfabeto (excluindo as letras Q, U, X, Y e Z) e alternando nomes femininos e masculinos. Cada região tem uma lista diferente — os nomes disponíveis no Atlântico, por exemplo, não são os mesmos que estão disponíveis no leste do Pacífico.

 Aí, os nomes são usados quando os eventos acontecem. As listas são reutilizadas a cada seis anos, mas os fenômenos mais violentos podem ter os nomes banidos para sempre. Foi o caso do furacão Katrina, que deixou um rastro de tragédia em Nova Orleans, nos Estados Unidos, em 2005.

Como começou?

Durante a Segunda Guerra Mundial, o exército norte-americano começou a batizar as tempestades com nomes de pessoas. A maioria era nomes de mulher, escolhidos como homenagem às mães, esposas e namoradas. Em 1953, a utilização de nomes femininos se tornou regra, e os nomes masculinos só passaram a ser utilizdos em 1970.

Em 2014, um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, revelou que os furacões e tempestades com nomes de mulheres costumam matar mais pessoas do que aqueles com nomes masculinos. Isso acontece porque eles são levados menos a sério e, por isso, há menos preparação para enfrentá-los.

Consultoria: Ricardo de Camargo (professor do Departamento de Ciências Atmosféricas da USP).